Uma Perspectiva Filosófico-Literária da Justiça? Platão e os Tragediógrafos Clássicos

Autores

  • Rafael Otávio Ragugnetti Zanlorenzi Universidade Positivo

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v3i1.19183

Palavras-chave:

Figura literária, Justiça, Mistagogia, Ontologia, Tragédia

Resumo

Os recursos empregados pelo pensamento grego para a compreensão do conceito de justiça permitem entender ao menos dois caminhos para a sua observação ontológica. O primeiro deles reside na produção de figuras literárias a partir da produção trágica do período. A segunda, por seu turno, considera a leitura mistagógica da ontologia platônica e recupera através dela a exploração crescente das experiências ideais que constituem a imposição crescente do justo às mais diversas relações humanas. As condições inconclusivas dos argumentos filosóficos e das  narrativas trágicas, contudo, permitem considerar que os percursos em questão se completam, levando a uma terceira possibilidade: a de que tanto a filosofia platônica quanto a observação trágica estabelecem limites para a discussão a partir de figuras literárias, as quais disponibilizam narrativas fundadoras da força motivacional de discussão do conceito, tornando o conteúdo das ações justas o alvo de ações experimentais que só se consolidam conceitualmente no devir.

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Biografia do Autor

Rafael Otávio Ragugnetti Zanlorenzi, Universidade Positivo

Professor de Filosofia do Direito e Teoria do Direito, pesquisador nos campos da Ontologia e Ontologia Jurídica e teorias da Justiça.

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Publicado

2015-11-03

Edição

Seção

Artigos