O Economista como Filósofo: Em Busca do Mercado Perdido

Autores

  • Gilson Schwartz PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v4i2.31416

Resumo

Nosso objetivo geral é avançar na formulação teórica sobre as relações entre ciência, técnica, virtude e vida social no processo de criação e destruição de moedas e dívidas por meios digitais. 

O economista, na pele do filósofo, procura como na Antiguidade já se procurou um homem honesto, mas diferentemente de Diógenes, o Cínico, o economista não procura outra virtude que não a do Mercado. Seus valores são aqueles que o Mercado determina livremente, ou seja, a liberdade é o pressuposto mais fundamental dessa procura que se torna visível nos preços.

Com as transformações tecnológicas contemporâneas, o cerne do sistema de capital espetacular e especulativo é atingido em sua constituição mais elementar, tornando-se digital. O “bitcoin” é sintoma de uma profunda mudança estrutural, que afeta a própria teoria do valor. Já não se trata apenas de oferta e procura definindo preços, mas dos códigos numéricos (protocolos, softwares, infra-estruturas e marcos regulatórios) que organizam as transações digitalizadas definindo outras modalidades de valoração, valorização, avaliação, precificação e monetização.

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Publicado

2017-01-09

Edição

Seção

Artigos