Devanear, caminhar, meditar: Considerações sobre a Quarta Caminhada de Os Devaneios do Caminhante Solitário

Autores

  • Barbara Rodrigues Barbosa Unifesp

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v7i2.46697

Palavras-chave:

Rousseau, Ficção, Verdade

Resumo

Pretende-se, nessa apresentação fazer uma análise da Quarta Caminhada de Os Devaneios do Caminhante Solitário. Rousseau começa sua caminhada relatando o que aconteceu nos dias anteriores. Nos diz ele que lera Plutarco, um dos autores que mais o influenciou durante a vida, precisamente o tratado Como Tirar Proveito dos Seus Inimigos, curiosamente junto a isso ele vira em um jornal que o abade Rosier mudara, ironicamente, sua máxima. Intrigado com os motivos que o levaram a isso e interessado em aprender as lições de Plutarco, o autor genebrino resolve usar a caminhada do dia seguinte para pensar sobre a mentira. Como sabemos, ao escrever seus textos autobiográficos, Rousseau parte sempre de dois princípios, o “conhece-te a ti mesmo” do templo de Delfos – que admite logo no início da caminhada ser um princípio mais difícil de seguir do que ele supunha em suas Confissões – e a máxima que adotou como lema de sua vida: Vitam Impendere Vero (dedicar sua vida à verdade). Duas questões principais deverão, portanto, ser examinadas. A Primeira é quando e como se deve a alguém a verdade e a segunda é se podemos enganar sem querer. Para responder a primeira Rousseau nos dirá que existem diferentes tipos de verdade e, a verdade devida é aquela que interessa a justiça. Essa será a verdade “moral” e, portanto, a verdade que se deve a outrem.

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Biografia do Autor

Barbara Rodrigues Barbosa, Unifesp

Doutoranda do Programa de pós-Graduação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos