Blaise Pascal e a transcendência: uma reflexão acerca da condição humana em saúde

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DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v9i2.56846

Resumo

Homem da ciência, o autor de Pensamentos procurou dar um sentido religioso às doenças que o acometiam, contudo, mais do que ligar-se a uma transcendência que o auxiliasse a superar as dores sem desespero e atribuição da culpa a Deus, Pascal se debruçou sobre a condição humana, pensando o ser humano como um ser de mistério, egoísta e, acima de tudo, insuficiente. Não se trata de pensar se o filósofo francês buscou a religião por conta da doença ou se pensou de determinada maneira por conta dela, pois, ele foi além disso, visto que a condição humana, em seus inúmeros vieses, norteou suas reflexões traduzindo-se numa antropologia que compreende o ser humano como contingente e, em sua insuficiência, passível de dor e sofrimento, o que pode fundamentar uma filosofia da saúde capaz de oferecer referenciais para a reflexão no campo das ciências, do cuidado e da assistência em saúde.

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Biografia do Autor

Ivna Maia Fuchigami, UNIFESP

Doutora em Ciências da Religião, área Linguagens da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, Brasil. Pesquisadora do Grupo de Estudos de Filosofia da Saúde – UNIFESP/CNPq. Professora da Faculdade Messiânica – São Paulo, Brasil.

Viviane Cristina Cândido, UNIFESP

Doutora em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestra em Educação, graduada em Filosofia e Pedagogia. Docente adjunto e pesquisadora em Filosofia da Saúde – Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde – Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo – EPM/UNIFESP. Coordenadora do Grupo de Estudos de Filosofia da Saúde UNIFESP / CNPq, São Paulo, Brasil.

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Publicado

2021-12-17

Edição

Seção

Artigos