Desfazer os “casos”

O exemplo de Manet

Autores

  • Fabienne Brugère Paris 8
  • Alessandro de Lima Francisco Collège Internacional de Philosophie

DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v12i2.68297

Palavras-chave:

Impressionismo, Édouard Manet, Berthe Morisot, Feminismo, Gênero

Resumo

Berthe Morisot é apresentada neste artigo como uma das figuras mais fundamentais do Impressionismo, não por figurar como femme fatale em quadros de sua época, sobretudo naqueles de Édouard Manet, mas em razão da importância de sua pintura para o Impressionismo e de seu diálogo com os demais pintores desse movimento. A abordagem parte do estudo do “caso” Manet, ao retomar passagens de Bataille, Foucault, Bourdieu e Michael Fried a fim de desconstruí-las, reapresentando Morisot a partir do modo como contribui à emergência do Impressionismo: o ar livre, a vibração das cores, a impossível fixação do presente e o non finito não mais definem um estilo e devem ser reinterpretados. Nessa reinterpretação, que é igualmente reparação com relação a Morisot, as divisões entre feminino e masculino, social e íntimo e entre o que é e o que não é arte são embaralhadas.

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Biografia do Autor

Fabienne Brugère, Paris 8

Professora do Departamento de Filosofia da Université Paris 8, Paris, França

Alessandro de Lima Francisco, Collège Internacional de Philosophie

Directeur de programme no Collège international de philosophie de Paris, França.

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Publicado

2024-09-11