Sintomas depressivos e abuso de drogas entre mulheres presas na cadeia pública feminina de Votorantim/SP
Palavras-chave:
transtornos relacionados ao uso de substâncias, depressão, mulheres, prisõesResumo
Trata-se de um estudo qualitativo ancorado na Teoria das Representações Sociais (TRS), com abordagem descritiva. Objetivos: a pesquisa objetivou conhecer as trajetórias de vida das mulheres encarceradas na Cadeia Pública Feminina de Votorantim, suas perspectivas e os sentidos atribuídos à prisão. Os objetivos específicos foram: (1) identificar as características sócio-demográficas e clínicas; (2) a prevalência de sintomas depressivos; e (3) o uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas em mulheres encarceradas. Metodologia: foram entrevistadas 25 mulheres, presas provisórias da Cadeia Pública Feminina de Votorantim. A presa, depois de assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, respondia a uma Ficha de Dados Sociodemográficos e Clínicos e ao Questionário de Depressão de Beck (BDI). Utilizamos o Discurso do Sujeito Coletivo para apresentar o resultado da questão discursiva. Para os demais dados da Ficha de Dados Sociodemográficos e Clínicos e do Questionário de Depressão de Beck, optamos pela abordagem descritiva. Resultados: a maioria das entrevistadas foi presa por tráfico de drogas, possui história familiar fragmentada, apresenta história de abuso físico e/ou sexual, têm significantes problemas de saúde mental, física e abuso de substância; 80% das mulheres que responderam ao BDI foram identificadas como tendo depressão moderada a grave, e os itens que mais pontuaram neste índice foram: perda de libido, tristeza, punição, insônia. Considerações finais: é de fundamental importância a garantia dos direitos de acesso à saúde às encarceradas. Sugerimos que toda presidiária siga um processo de avaliação inicial para que seja diagnosticado o mais breve a dependência de substâncias e a depressão.
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