Estudo retrospectivo do perfil das infecções hospitalares pediátricas atendidas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba

Resumo

Introdução: O uso intensivo de antimicrobianos, promove a seleção e dispersão de microrganismos resistentes e dificulta a recuperação dos pacientes, diminuindo sua eficácia, especialmente no âmbito hospitalar. Pode ser causada tanto pela falta de aderência às políticas de uso racional de antimicrobianos, como pela automedicação na comunidade, levando a necessidade de tratamentos mais complexos, onerosos e a elevação de falhas terapêuticas que podem culminar em óbito. Objetivos: Caracterizar o perfil das infecções entre 2011 e 2013, em pacientes de 0 a 12 anos atendidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba; Metodologia: Os dados foram coletados nas planilhas do Centro de Controle de Infecções Hospitalares; Resultados: 343 pacientes compuseram a amostra, dos quais, 34,69% fizeram uso de antimicrobianos e destes, 36,97% apresentaram agentes resistentes. A maioria era do sexo masculino e com idade inferior a um ano (80,67%). Os antimicrobianos com maior registro de falha terapêutica foram as Penicilinas e Cefalosporinas de primeira geração. O agente resistente mais prevalentes foi a Klebsiella pneumoniae; Conclusões: A adoção de uma política eficiente de uso racional de antimicrobianos que gere estratégias que oriente a prescrição, é uma ferramenta essencial para o enfrentamento do surgimento de resistência do agentes de infecção hospitalar, além da conscientização da população sobre os riscos do uso indiscriminado desse tipo de medicamento.