Descrição anatômica do arco axilar de Langer e suas implicações na cirurgia de câncer de mama
Palavras-chave:
arco axilar de Langer, cancer de mama, cirurgia, mastologiaResumo
Introdução:O Arco Axilar (AA) é uma variante comum na região axilar, que é geralmente assintomática. No entanto, pode favorecer a trombose venosa profunda dos membros superiores ou sintomas venosos congestivos. O AA deverá ser considerado como um diagnóstico diferencial de trombose venosa profunda de membro superior em jovens adultos quando esta não for provocada.(1,2) Normalmente, o Músculo Peitoral Maior e o Músculo LattissimusDorsi estão ligados individualmente como um único conjunto de fibras no úmero. No AA, uma alteração miotendínea resultante da união da borda anteroinferior do Músculo Grande Dorsal se mostra unida ao tendão do Músculo Peitoral Maior, Coracobraquial, Fáscia sobre o Músculo Bíceps Braquial ou ao Septo Intermuscular. Acredita-se que este Arco é um vestígio do PanniculusCarnosus de mamíferos inferiores e sua incidência é de 7% na população.(3). Objetivos:O principal objetivo deste trabalho foi descrever o AA, ressaltando a importância de seu conhecimento para cirurgias de câncer de mama. Metodologia:Para tanto, foram documentadas imagens de quatro pacientes do sexo feminino em idade entre 42 e 64 anos que apresentaram AA durante tratamento cirúrgico de câncer de mama. Resultados/Conslusões: Concluiu-se que a presença do AA pode impedir a adequada exposição da gordura axilar, e em particular, pode limitar o acesso ao grupo inferior lateral de linfonodos axilares, resultando assim em uma exposição incompleta da axila. Tal fato teria influencia direta no tratamento cirúrgico do câncer de mama. Portanto, é necessária a secção ao menos das fibras internas do AA, para facilitar a dissecação da porção externa do conjunto neurovascular da axila, observando a possibilidade de modesta hemorragia, que requer eletrocoagulação.
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