Infecção do trato urinário não complicada na mulher: relato de caso e revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201623669Palavras-chave:
cistite, uretrite, pielonefrite, antibacterianosResumo
A infecção do trato urinário (ITU) é uma doença frequente, que ocorre em todas as faixas etárias afetando principalmente mulheres. Ela se apresenta com picos de maior acometimento no início da atividade sexual ou relacionados a ela, durante a gestação ou na menopausa. Alterações da flora vaginal, estados de hipoestrogenismo, diabetes mellitus, imunodepressão, incontinência urinária, atividade sexual, uso de diafragmas ou espermicidas e gestação são citados como fatores de risco. Predisposição genética nos casos de ITU de repetição também é relatada. Os sinais e sintomas associados à ITU incluem: polaciúria, urgência miccional, disúria, alteração na coloração e no aspecto da urina. É comum a ocorrência de dor abdominal, mais notadamente em topografia do hipogastro e no dorso, podendo surgir febre. Os agentes etiológicos mais frequentemente envolvidos com ITU adquirida na comunidade são em ordem de frequência: a Escherichia coli, o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. O diagnóstico da ITU é realizado por meio da associação dos sintomas à urocultura e urina tipo I. A realização de antibiograma é muito útil para a definição da sensibilidade dos microrganismos aos antibióticos e, consequentemente, para o direcionamento da terapia, evitando, dessa maneira, a ocorrência de resistência microbiana.
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