Perfil epidemiológico de pacientes com tumores cutâneos malignos atendidos em ambulatório de cirurgia plástica de serviço secundário no interior de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5327/z1984-4840201624713Palavras-chave:
neoplasias cutâneas, procedimentos cirúrgicos operatórios, carcinoma de células escamosas, carcinoma basocelularResumo
Introdução: O tumor de pele não melanoma é o de maior prevalência e incidência no Brasil, englobando o carcinoma espinocelular (CEC) e o basocelular (CBC). O principal fator de risco para o desenvolvimento desses tumores é a exposição crônica aos raios solares, justificando a faixa etária e as localizações anatômicas mais acometidas. O tratamento objetiva extirpar a lesão com deformidade mínima. A excisão cirúrgica com margens seguras é a principal opção terapêutica; outras dependem do número de lesões, localização, tipo histológico, estado geral e comorbidades clínicas. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com tumores cutâneos malignos; identificar a prevalência dos não melanoma; e avaliar a margem cirúrgica. Métodos: Estudo observacional, longitudinal e retrospectivo de pacientes submetidos à ressecção de lesões suspeitas em serviço secundário. Resultados: Foram identificadas 140 lesões em 67 pacientes, sendo 59% do sexo masculino e 71,6% maiores de 60 anos. O segmento mais acometido foi cabeça/pescoço (72,1%); 69,1% eram CBC, 29,2% CEC e 1,6% melanoma; 80,4% informavam margens livres, 7,3% indicavam comprometimento; esses pacientes apresentavam média de 75,2 anos e 8,7 lesões concomitantes. A associação foi significante entre gênero feminino e presença de lesões <5 mm. Conclusões: O predomínio de lesões em indivíduos do sexo masculino acima de 60 anos é compatível com o padrão já descrito na literatura. As margens livres, obtidas em grande parte do presente estudo, indicam eficácia terapêutica da excisão cirúrgica simples. As margens macroscópicas adotadas na marcação pré- operatória favorecem a eficácia, reservando a cirurgia de Möhs para recidivas ou comprometimento de margem.Downloads
Metrics
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa 2014: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2014.
Broetto J, Freitas JOG, Sperli AE, Soh SW, Richter CA, Toni RA. Tratamento cirúrgico dos carcinomas basocelular e espinocelular: experiência dos Serviços de Cirurgia Plástica do Hospital Ipiranga. Rev Bras Cir Plást. 2012;27(4):527-30.
Popim RC, Corrente JE, Marino JAG, Souza CA. Câncer de pele: uso de medidas preventivas e perfil demográfico de um grupo de risco na cidade de Botucatu. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(4):1331-6.
Bassas P, Hilari H, Bodet MD, Serra M, Kennedy FE, Garcia-Patos V. Evaluación de los márgenes quirúrgicos del carcinoma basocelular según la especialidad del cirujano. Actas Dermosifiliogr. 2013;104(2):133-40.
Silveira e Silva M, Castro EK, Chem C. Qualidade de vida e auto-imagem de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Univ Psychol. 2012;11(1):13-23.
Dourmishev LA, Rusinova D, Botev I. Clinical variants, stages, and management of basal cell carcinoma. Indian Dermatol Online J. 2013;4(1):12-7.
Brasil. Ministério da Saúde. Dados das unidades prestadoras de serviços em saúde. DATASUS [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2008 [acesso em 17 jan. 2014]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/cnes/tipo_estabelecimento.htm
Prefeitura Municipal de Sorocaba. Policlínica de Sorocaba. Sorocaba: Prefeitura Municipal. 2015 [acesso em 17 jan de 2014]. Disponível em: http://nccd.cdc.gov/ckd
Firnhaber JM. Diagnosis and treatment of basal cell and squamous cell carcinoma. Am Fam Physician. 2012;86(2):161-8.
Souza SRP, Fischer FM, Souza JMP. Bronzeamento e risco de melanoma cutâneo: revisão da literatura. Rev Saúde Pública. 2004;38(4):588-98.
Kumar P, Watson S, Brain AN, Davenport PJ, McWilliam LJ, Benerjee SS, et al. Incomplete excision of basal cell carcinoma: a prospective multicentre audit. Br J Plast Surg. 2002;55(8):616-22.
Custódio G, Locks LH, Coan MF, Gonçalves CO, Trevisol DJ, Trevisol FS. Epidemiologia dos carcinomas basocelulares em Tubarão, Santa Catarina (SC), Brasil, entre 1999 e 2008. An Bras Dermatol. 2010;85(6):819-26.
Quintas RCS, Coutinho ALF. Fatores de risco para o comprometimento de margens cirúrgicas nas ressecções de carcinomas basocelular. Rev Bras Cir Plást. 2008;23(2):116-9.
Alves RF, Silva RP, Ernesto MV, Lima AGB, Souza FM. Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Psicol Teor Prat. 2011;13(3):152-66.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.