Foliculite queloidiana

Autores

  • Maria Carolina Coelho Gozzano Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Maria Beatriz Coelho Gozzano Pós-graduada, Dermatologia, Instituto BWS
  • José Otávio Alquezar Gozzano Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

foliculite queloidiana, folículo piloso, alopecia cicatricial

Resumo

Introdução: Foliculite queloidiana (FQ) é uma doença crônica com presença de inflamação,  cicatriz de folículo piloso e posterior desenvolvimento de pápulas, placas queloidianas e alopecia cicatricial; com episódios de agravamento da inflamação. Afeta principalmente couro cabeludo e nuca. Normalmente acomete homens de ascendência africana e fototipos elevados (Fitzpatrick IV-VI) na adolescência e é rara após os 50 anos. Sua causa não é definida; aponta-se a irritação crônica ou oclusão dos folículos  -  devido a práticas de corte de cabelo  -, trauma, fricção, predisposição e fator agravante. A inflamação ativa é manifestada por pápulas, pústulas e eritema; acompanhada de prurido ou dor. A inflamação tende a ser menos ativa, mas as pápulas queloidianas e as placas podem persistir se não tratadas. Achados histológicos: infiltrado inflamatório neutrofílico ou linfoplasmocitário perifolicular e intrafolicular, fibrose cutânea, folículos capilares quebrados cercados por inflamação granulomatosa, formação de abscesso perifolicular e dérmica fibrose. Tratamento é difícil, podendo ser utilizados antibióticos e corticoides intralesionais.  Objetivo:  Relatar caso de FQ.  Metodologia:  Paciente diagnosticada com FQ atendido em serviço ambulatorial.  Relato de caso: Masculino, 33 anos, Fitzpatrick III, com lesões em couro cabeludo e nuca há 2 anos, sem atendimento médico anterior. Exame físico: presença de pápulas e placas queloidianas na nuca, substituindo o folículo piloso, com consequente alopecia cicatricial. Sem queixas de dores ou prurido. Hipótese diagnóstica: FQ Conclusão: É uma doença crônica, de diagnóstico clínico e difícil tratamento. Assim, é importante o diagnóstico precoce para um tratamento adequado e acompanhamento regular da doença, visando a melhor qualidade de vida para o paciente.