Persistência de canal arterial e comunicação interventricular em recém-nascida a termo filha de pais testemunha de Jeová

Autores

  • Robson Luis de Andrade Filho Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Thamiris Messias Lera Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Giovanna Napolitano Pereira Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Izilda das Eiras Tâmega Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Jacqueline Alves Rena
  • Bárbara Saragiotto Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Rachel Serraneto Amadeu
  • Karine Lacerda Guimarães

Resumo

Introdução: A Declaração Universal dos Direitos do Homem, no inciso XVII, afirma que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. Diante disso, o objetivo é relatar o impasse médico diante do caso de uma paciente a termo de três meses de idade, portadora de canal arterial permanente e comunicação interventricular, cujos pais que professam a religião das testemunhas de Jeová, não autorizam a realização de cirurgia devido à necessidade do uso de componentes sanguíneos. Método: as informações foram obtidas mediante revisão de prontuário, entrevista com o médico responsável pelo caso e levantamento para estudo de literatura específica. Considerações finais e relevância: o caso relatado e o estudo das referências ressaltam que diante das condições previamente esclarecidas do paciente, a melhor intervenção possível é cirúrgica devido à persistência da condição, não sendo, porém permitida, devido a não aprovação por parte dos pais da criança. Evidencia-se assim, que a recusa ao recebimento de sangue total ou de seus componentes possui importante repercussão na esfera médica – acarretando dilemas éticos pois os médicos são instruídos a cuidar da manutenção da vida, porém no âmbito jurídico, se debate se é direito do paciente recusar um tratamento médico por objeção de consciência quando este, possivelmente, é o melhor a fim de preservar a vida do paciente.

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Como Citar

1.
Andrade Filho RL de, Lera TM, Pereira GN, Tâmega I das E, Rena JA, Saragiotto B, Amadeu RS, Guimarães KL. Persistência de canal arterial e comunicação interventricular em recém-nascida a termo filha de pais testemunha de Jeová. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 8º de outubro de 2015 [citado 19º de novembro de 2024];17(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24775