Letalidade hospitalar por bactérias multiresistentes em serviço do SUS, região de Sorocaba, São Paulo, Brasil

Autores

  • Rosana Maria Paiva dos Anjos Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Gabriella Fernandes Gozoli Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Lisandra Batalha Marão Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Isabela Santas de Miranda Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Carolina Cristina Ishibashi Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Marina Mayumi Murazawa Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Júlia Brum de Mello
  • Júlia Blumke Adde Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

infecção hospitalar, notificação de doenças, letalidade, saúde pública

Resumo

As infecções hospitalares [IH] causadas por bactérias multirresistentes [MR] são importantes problemas de saúde pública, pela magnitude, gravidade clínica do paciente internado, aumento considerável do tempo de internação, custos com procedimentos de alta tecnologia, de finalidades diagnósticas e terapêuticas e também impacto negativo não só para o paciente, mas para a família e a comunidade. O objetivo desse estudo foi verificar a letalidade segundo o perfil das pessoas identificadas com IH em um hospital geral, nível terciário do SUS, da região de Sorocaba. Trata-se de um estudo descritivo, realizado no período de janeiro de 2013 a agosto de 2015, constituído por 166 pacientes com IH por microrganismos MR. As informações foram obtidas através do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, nas notificações e prontuários hospitalares. A maioria das IH ocorreu em pacientes do sexo masculino 116 [69,9%], com idade entre 20 a 59 anos [47%]. A letalidade geral no período foi de 48,2% [80 óbitos], sendo maior durante o ano de 2014, com taxa de 55,4%, para o sexo feminino [56%], para os pacientes com 60 ou mais de idade [66,7%], moradores do município de Sorocaba [58,9%], que ficaram internados até 15 dias [80%], na enfermaria de clínica médica feminina [80%]. O Acinetobacter baumanii foi a bactéria MR mais frequente [59%] e de maior letalidade [57,1%] seguida pela Klebsiella Pneumoniae [38,5%]. O tempo médio de internação foi de 49 dias, com extremos de 8 e 201 dias. Conhecer melhor a problemática crescente da IH e de sua gravidade possibilita uma adequada intervenção nos setores de maior ocorrência de casos, com foco no controle das pessoas de maior vulnerabilidade e risco, para que medidas de controle sejam implementadas, visando maior sobrevida para as pessoas e a melhoria da qualidade da assistência prestada.

Como Citar

Anjos, R. M. P. dos, Gozoli, G. F., Marão, L. B., Miranda, I. S. de, Ishibashi, C. C., Murazawa, M. M., … Adde, J. B. (2015). Letalidade hospitalar por bactérias multiresistentes em serviço do SUS, região de Sorocaba, São Paulo, Brasil. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba, 17(Supl.). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24785