Leucemia linfoblástica aguda (LLA) durante a gravidez: um relato de caso
Palavras-chave:
LLA, gestação, termo de consentimento quimioterapia, óbito fetalResumo
A incidência de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) associada à gestação é pequena, entretanto, devido à gravidade da doença, é fundamental que o obstetra esteja capacitado a orientar a conduta médica. O tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico para que não haja prejuízo do prognóstico materno. Quando diagnosticada, sabe-se que haverá prejuízos fetais frente à quimioterapia a ser empregada. O dilema ético criado pela concomitância de neoplasias com a gestação é de difícil manejo. Objetivo: relatar o caso de uma gestante no primeiro trimestre com diagnóstico de LLA. Metodologia: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário e da literatura. Relato: Relatamos o caso de uma gestante, 30 anos, com dores articulares no joelho e hemograma com pancitopenia. O mielograma e a imunofenotipagem foram compatíveis com Leucemia Linfoblástica B comum, quando a paciente estava com 12 semanas de gestação (ultrassom). A paciente foi informada sobre todos os riscos do tratamento quimioterápico para o feto, bem como os riscos maternos em postergar o tratamento. A partir da discussão entre a paciente, seus familiares e equipe médica, ela decidiu por iniciar o tratamento com protocolo BFM 86 modificado, assinando um termo de consentimento. Durante a Indução 2, foi diagnosticado óbito fetal por ultra-sonografia (21 semanas de gestação). A paciente continuou o tratamento com suporte psicológico e no momento encontra-se em remissão completa, iniciando a fase de consolidação do referido protocolo. Conclusão: Pretendemos alertar sobre a difícil decisão feita por uma paciente grávida com a LLA. Tal escolha deve ser feita com o amparo de toda a equipe médica e familiares dos pacientes, além de ser firmada por meio de um termo de consentimento.Downloads
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