Avaliação da retirada do agonista dopaminérgico em pacientes com prolactinoma acompanhados em ambulatório de serviço terciário
Palavras-chave:
prolactinoma, agonistas dopaminérgicos, recidivaResumo
Prolactinomas são adenomas secretores de prolactina. Ocorrem mais em mulheres jovens e o tratamento baseia-se nos agonistas dopaminérgicos. A remissão, pós suspensão medicamentosa, vem sendo estudada, tornando importante avaliar fatores preditivos de sucesso. Objetivos: traçar o perfil demográfico e clínico; avaliar o tempo livre de tratamento. Materiais e Métodos: foram avaliados 46 pacientes com prolactinoma acompanhados no Ambulatório de Endocrinologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, entre 1988 a 2015. Para o estudo estatístico utilizamos os testes de Qui Quadrado, Exato de Fisher, Mann-Whitney, curva de Kaplan-Meier e Correlação de Spearman. Resultados: A média etária foi 31,58 anos e 76,8% eram mulheres. A proporção entre micro e macroprolactinomas foi de 1:1, 82% dos homens foram diagnosticados com macroprolactinoma e 60% das mulheres com microprolactinoma. Houve correlação entre tamanho tumoral e níveis de prolactina (r = 0,71; p = 0,000). Redução tumoral ocorreu em 81,39% dos pacientes. Dos 15 pacientes cuja medicação foi suspensa, seis apresentaram recidiva. Discussão: a amostra apresenta predomínio feminino jovem e os microprolactinomas prevaleceram nas mulheres, enquanto os macroprolactinomas prevaleceram nos homens, como descrito na literatura. Houve correlação entre o tamanho tumoral e os níveis de prolactina: a cada aumento de 0,2 mm no tamanho tumoral, a prolactina aumenta uma unidade. O estudo foi concordante quanto à taxa de remissão pós suspensão do tratamento, pois nos grandes estudos essa taxa gira em torno de 36%. Conclusão: O perfil clínico encontrado foi de uma população adulta jovem, predominantemente feminina. Quatro pacientes foram abordados cirurgicamente e três pacientes realizaram radioterapia. A Cabergolina foi a droga de 1ª escolha para o tratamento. Houve suspensão da medicação em 32,6% dos 46 pacientes, cujo tempo de tratamento médio foi de 113,8 meses. Dentre estes, oito apresentaram remissão e permaneceram sem tratamento; seis apresentaram recidiva, retomando o tratamento.Downloads
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