Avaliação da retirada do agonista dopaminérgico em pacientes com prolactinoma acompanhados em ambulatório de serviço terciário

Autores

  • Vanessa Paciullo Marossi Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Flávia Castro Andrade
  • João Carlos Ramos Dias Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

prolactinoma, agonistas dopaminérgicos, recidiva

Resumo

Prolactinomas são adenomas secretores de prolactina. Ocorrem mais em mulheres jovens e o tratamento baseia-se nos agonistas dopaminérgicos. A remissão, pós suspensão medicamentosa, vem sendo estudada, tornando importante avaliar fatores preditivos de sucesso. Objetivos: traçar o perfil demográfico e clínico; avaliar o tempo livre de tratamento. Materiais e Métodos: foram avaliados 46 pacientes com prolactinoma acompanhados no Ambulatório de Endocrinologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, entre 1988 a 2015. Para o estudo estatístico utilizamos os testes de Qui Quadrado, Exato de Fisher, Mann-Whitney, curva de Kaplan-Meier e Correlação de Spearman. Resultados: A média etária foi 31,58 anos e 76,8% eram mulheres. A proporção entre micro e macroprolactinomas foi de 1:1, 82% dos homens foram diagnosticados com macroprolactinoma e 60% das mulheres com microprolactinoma. Houve correlação entre tamanho tumoral e níveis de prolactina (r = 0,71; p = 0,000). Redução tumoral ocorreu em 81,39% dos pacientes. Dos 15 pacientes cuja medicação foi suspensa, seis apresentaram recidiva. Discussão: a amostra apresenta predomínio feminino jovem e os microprolactinomas prevaleceram nas mulheres, enquanto os macroprolactinomas prevaleceram nos homens, como descrito na literatura. Houve correlação entre o tamanho tumoral e os níveis de prolactina: a cada aumento de 0,2 mm no tamanho tumoral, a prolactina aumenta uma unidade. O estudo foi concordante quanto à taxa de remissão pós suspensão do tratamento, pois nos grandes estudos essa taxa gira em torno de 36%. Conclusão: O perfil clínico encontrado foi de uma população adulta jovem, predominantemente feminina. Quatro pacientes foram abordados cirurgicamente e três pacientes realizaram radioterapia. A Cabergolina foi a droga de 1ª escolha para o tratamento. Houve suspensão da medicação em 32,6% dos 46 pacientes, cujo tempo de tratamento médio foi de 113,8 meses. Dentre estes, oito apresentaram remissão e permaneceram sem tratamento; seis apresentaram recidiva, retomando o tratamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Como Citar

1.
Marossi VP, Andrade FC, Dias JCR. Avaliação da retirada do agonista dopaminérgico em pacientes com prolactinoma acompanhados em ambulatório de serviço terciário. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 8º de outubro de 2015 [citado 19º de novembro de 2024];17(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24833