Análise do impacto do tratamento profilático em pacientes hemofílicos do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS)

Autores

  • Ivan Fernandes Filho Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Thays Brunelli Pugliesi Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Melissa Arrigatto Gonçalves Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Marcelo Gil Cliquet Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

hemofilia A, fator VIII, hemartroses, hemorragia, tratamento profilático, inibidor de FVIII

Resumo

Os pacientes hemofílicos dispõem da tradicional terapia episódica de FVIII, mas, há alguns anos, o conceito de tratamento ganha nova vertente ao aplicá-lo profilaticamente. Além dos benefícios do tratamento profilático com FVIII na redução da frequência de hemorragias e artropatias, há muitas vantagens que culminam na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Desse modo, objetivamos, com esse trabalho, avaliar a eficácia do tratamento profilático em pacientes hemofílicos em seguimento no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Analisamos os tratamentos episódico e profilático quanto às hemorragias em cada um, com comparação de aspectos como localização, frequência e duração, bem como a dose administrada de FVIII a cada paciente e sua respectiva evolução. A amostra (n=26), sendo 100% do sexo masculino, possui idade com média de 19,65 anos, valor máximo de 38 anos, mínimo de sete anos e mediana de 18,5 anos. A frequência de eventos hemorrágicos (eventos/semana) sofreu redução na comparação entre a terapia episódica (Média=0,21; Mediana=0,20;) e terapia profilática (Média=0,05; Mediana=0,03) (P<0,0001). A frequência do uso de FVIII (UI/semana) elevou-se na comparação entre a terapia episódica (Média=1.319,93; Mediana=693,35) e a terapia profilática (Média=3.025,86; Mediana=2.547,22) (P<0,0001). Todas as faixas etárias obtiveram redução da frequência de sangramentos, mesmo com a eventual presença de inibidor. Pacientes procedentes de locais com mais 50 quilômetros de distância do local do serviço apresentaram menor redução da frequência de sangramentos (P<0,0001). A amostra evidencia que o tratamento profilático implica em menos eventos hemorrágicos. Consideramos que, apesar do uso de maior quantidade de fator VIII e gastos adicionais, há vantagens clínicas e talvez econômicas, com menor número de internações e sequelas.

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Como Citar

1.
Fernandes Filho I, Pugliesi TB, Gonçalves MA, Cliquet MG. Análise do impacto do tratamento profilático em pacientes hemofílicos do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 8º de outubro de 2015 [citado 19º de novembro de 2024];17(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24862