Efeito do canto materno na adaptação de prematuros à vida extrauterina
DOI:
https://doi.org/10.5327/z1984-4840201625842Palavras-chave:
musicoterapia, cuidados de enfermagem, prematuro, adaptação fisiológica, humanização da assistênciaResumo
Introdução: Os sons fazem parte de nossa vida e são capazes de produzir efeitos sobre o equilíbrio físico e emocional das pessoas. Objetivos: Avaliar os efeitos do canto materno em recém-nascidos prematuros utilizando como parâmetros a variação da frequência cardíaca, a frequência respiratória e a concentração dos bebês, bem como a percepção da mãe quanto ao comportamento do bebê durante a exposição ao canto materno. Metódos: Trata-se de uma investigação exploratória com análise quantiqualitativa. Um total de 20 bebês prematuros foi estudado durante 3 dias consecutivos. Cada criança foi exposta ao canto materno por 3 períodos de 10 minutos. A coleta foi efetuada antes do início e imediatamente após a exposição ao canto. Nesses dois momentos foram registradas a frequência cardíaca e respiratória, e a concentração de oxigênio sanguíneo do bebê. Foram analisadas e comparadas as alterações pré e pós-exposição. No terceiro dia, a mãe foi entrevistada para obtenção da percepção dela a respeito do comportamento do bebê durante a exposição ao canto. A coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2015 em duas maternidades conveniadas ao sistema público de saúde, em Sorocaba, São Paulo. Para a análise estatística, foram aplicados testes de Wilcoxon e Mc Nemar, e análise de variância de Friedman, apontando para não significância dos resultados. Resultados e Conclusão: Não foi observada diferença significante, porém a análise qualitativa demonstrou resultados positivos nos discursos obtidos das mães, tais como alterações comportamentais benéficas, reconhecimento da voz materna e auxílio na consolidação do vínculo mãe-bebê. Palavras-chave: musicoterapia; cuidados de enfermagem; prematuro; adaptação fisiológica; humanização da assistência.
Downloads
Metrics
Referências
Jourdain R. Música, cérebro e êxtase: como a música captura nossa imaginação. Rio de Janeiro: Objetiva; 1998.
Borba T, Graça FL. Dicionário de música. Lisboa: Edições Cosmos; 1963.
Rothrock JC. Alexander cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007. p. 1209
Octaviano C. Os efeitos da música no cérebro humano. ComCiência [Internet]. 2010 [acesso em 27 ago. 2014]. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n116/05.pdf
Jaber MS. Como o estímulo musical é percebido e estruturado pelo organismo humano do pré-natal ao segundo ano de vida pós-natal: resultados parciais de uma pesquisa em andamento. In: Anais do II SIMPOM. 2012 [acesso em 20 set. 2014]. p. 500-11. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/simpom/article/view/2471
Bettiol H, Barbieri MA, Silva AAM. Epidemiologia do nascimento pré-termo: tendências atuais. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(2):57-60.
Linhares MBM. Estresse, resiliência e cuidados no desenvolvimento de neonatos de alto risco. In: Mendes EG, Almeida MA, Williams LCA, organizadores. Temas em educação especial. São Carlos: EDUFScar; 2004. p. 315-24.
Filippa M, Devouche E, Arioni C, Imberty M, Gratier M. Live maternal speech and singing have beneficial effects on hospitalized preterm infants. Acta Paediatr. 2013;102(10):1017-20.
Moreira JO, Romagnoli RC, Dias DAS, Moreira CB. Programa Mãe Canguru e a relação mãe-bebê: pesquisa qualitativa na rede pública de Betim. Psicol Est. 2009;14(3):475-83.
Ravelli APX, Motta MGC. O lúdico e o desenvolvimento infantil: um enfoque na música e no cuidado de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2005;58(5):611-3.
Sacks O. Alucinações musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Companhia das Letras; 2007.
Todres ID. Music is medicine for the heart. J. Pediatr. 2006;82(3):166-8.
Tabarro CS, Campos LB, Galli NO, Novo NF, Pereira VM. Efeito da música no trabalho de parto e no recém- nascido. Rev Esc Enferm USP. 2010;44(2):445-52.
Siegel SE, Castellan N Jr. Estatística não paramétrica para ciência do comportamento. Porto Alegre: Artmed: 2006.
Lefèvre F, Lefèvre AMC. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: EDUCS; 2005.
Hartling L, Shaik MS, Tjosvold L, Leicht R, Liang Y, Kumar M. Music for medical indications in the neonatal period: a systematic rewiew of randomised controlled trials. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2009;94(5):F349-54.
Ravelli APX. Percepções de gestantes sobre a contribuição da música no processo de compreensão da vivência gestacional [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2004.
Bargiel M. Lullabies and play songs: theoretical considerations for an early attachment music therapy intervention through parental singing for developmentally at-risk infants. Voices. 2004;4(1) [acesso em 20 set. 2014]. Disponível em: https://voices.no/index.php/voices/article/view/149/125
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.