Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca: caracterização sociodemográfica, perfil clínico-epidemiológico e complicações

Autores

  • Priscila Rangel Dordetto FCMS/PUC-SP
  • Graziele Cristina Pinto FCMS/PUC-SP
  • Tatiana Cristina Silva de Camargo Rosa FCMS/PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201625868

Palavras-chave:

cirurgia torácica, fatores de risco, epidemiologia descritiva, complicações pós-operatórias, medição de risco

Resumo

Introdução: A mortalidade por doenças cardiovasculares aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial a partir de 115/75 mmHg. Para os tratamentos que necessitam de procedimentos cirúrgicos, nota-se que as técnicas utilizando as novas tecnologias nas cirurgias cardíacas estão avançando sempre. Objetivos: Realizar a caracterização de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (CC), identificar o perfil epidemiológico e apontar as complicações no pós-operatório (PO). Método: Tratou-se de uma pesquisa descritiva e transversal, em que as variáveis foram extraídas dos prontuários, entre abril e junho de 2015. Os dados passaram por análise estatística descritiva e foram respeitadas as recomendações éticas. Resultados: Houve predomínio do gênero masculino (56,0%), do plano de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) (85,0%), dos residentes no município de Sorocaba (62,0%), idade entre 50 e 70 anos (67,0%), média de 58,7 (DP=10,5). As doenças prévias, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, tiveram destaque. A cirurgia mais realizada foi a revascularização do miocárdio (RM) (58,0%). Das complicações, os choques hipovolêmico e cardiogênico e a fibrilação atrial apareceram com maior frequência, e o número de óbitos foi de 20,0%. Conclusão: Diante dos achados de caracterização sociodemográfica, das doenças prevalentes, das complicações no pós-operatório e da frequência de óbitos, que vêm de encontro aos achados da literatura, acredita-se que este estudo poderá contribuir para intensificar as ações educativas e de assistência em relação à prevenção de doenças saúde e para a criação de novas estratégias no tocante à adesão ao tratamento e ao controle das doenças cardiovasculares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Priscila Rangel Dordetto, FCMS/PUC-SP

Enfermeira Docente do Departamento de Enfermagem desde 1995.

Graziele Cristina Pinto, FCMS/PUC-SP

Acadêmica do curso de Enfermagem FCMS/PUC-SP

Tatiana Cristina Silva de Camargo Rosa, FCMS/PUC-SP

Acadêmica do curso de Enfermagem FCMS/PUC-SP

Referências

Sociedade Brasileira de Hipertensão. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo: Sociedade Brasileira de Hipertensão; 2010. 68 p.

DATASUS. Morbidade Hospitalar do SUS: por local de internação: Brasil [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016 [acesso em 18 ago. 2016]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nruf.def

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes para cardiologistas sobre excesso de peso e doença cardiovascular dos Departamentos de Aterosclerose, Cardiologia Clínica e FUNCOR da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2002; 78(supl 1):1-14.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2007;88(supl 1):1-19.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes Brasileiras da Fibrilação Atrial. Arq Bras Cardiol. 2009;92(6 supl 1):1-39.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2012;98(1 supl 1):1-33.

Carvalho ML, Silva MHR, Carvalho ML, Elias CMV, Silva KR, Santos MC. Assistência de enfermagem na UTI a pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Rev Interdisc. 2013;6(4):60-7.

Strabelli TMV, Stolf NAG, Uip DE. Uso prático de um índice de risco de complicações após cirurgia cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2008; 91(5):342-7.

Araujo N R, Araujo RA, Bezerra SMMS. Repercussão do sobrepeso e da obesidade no pós-operatório da cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(2):236-41.

Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Banco de dados do Sistema Único de Saúde [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008 [acesso em 18 out. 2015]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php

Feier FH, Sant’Anna RT, Garcia E, De Bacco FW, Pereira E, Santos MF, et al. Modificações no perfil do paciente submetido à operação de revascularização do miocárdio. Rev Bras Enferm. 2005;20(3):317-22.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes da cirurgia de revascularização miocárdica valvopatias e doenças da aorta. Arq Bras Cardiol. 2004;82(supl 5):1-20.

Ferro CRC, Oliveira DC, Nunes FP, Piegas LS. Fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2009;93(1):59-63.

Santos FM, Silveira MA, Maia RB, Monteiro MDC, Martinelli R. Insuficiência renal aguda após cirurgia de revascularização miocárdica com circulação extracorpórea: incidência, fatores de risco e mortalidade. Arq Bras Cardiol. 2004;83(2):145-54.

Woods SL, Froelicher ES, Moetzer SU. Enfermagem em cardiologia. Barueri: Manole; 2005. p. 675-82.

Torrati FG, Dantas RAS. Circulação extracorpórea e complicações no período pós-operatório imediato de cirurgias cardíacas. Acta Paul Enferm. 2012;25(3):340-5.

Oliveira JMA, Silva AMF, Lima FF, Zierer MS, Carvalho ML. Complicações no pós-operatório de cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea. Rev Interdisc. 2015;8(1):9-15.

Downloads

Publicado

2016-11-11

Como Citar

1.
Dordetto PR, Pinto GC, Rosa TCS de C. Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca: caracterização sociodemográfica, perfil clínico-epidemiológico e complicações. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 11º de novembro de 2016 [citado 19º de novembro de 2024];18(3):144-9. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/25868

Edição

Seção

Artigo Original