Reabilitação intra-hospitalar após transplante cardíaco

Autores

  • Jamine Vasconcelos Martinis Departamento de Fisioterapia, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, Brasil.
  • Mayron Faria de Oliveira Unidade de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2017v19i2a2

Palavras-chave:

insuficiência cardíaca, transplante de coração, reabilitação, exercício, fisioterapia

Resumo

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa caracterizada por alterações neuro-humorais, dispneia, miopatia periférica e redução da expectativa de vida. O transplante cardíaco (TxC) é a última terapia para pacientes com IC. Entretanto, após o TxC as alterações periféricas contribuem para a intolerância ao exercício. A reabilitação cardíaca (RC) é uma intervenção complexa e promove a melhora da capacidade ao exercício, possibilitando retorno mais rápido às atividades diárias. Também promove a melhora da função endotelial, da hemodinâmica, da atividade nervosa simpática, do consumo de oxigênio e da perfusão tecidual, promovendo a redução da mortalidade e da necessidade de hospitalização. A RC intra-hospitalar deve ser iniciada precocemente para evitar os efeitos deletérios do repouso, bem como promover a independência funcional nas atividades diárias. A prescrição do exercício deve levar em conta o fato de que no coração denervado a resposta ao esforço é diferente e deve ser baseada na escala de Borg. Independente do método de prescrição de atividade física pós-transplante, esta pode diminuir e até mesmo reverter as alterações fisiológicas em pacientes após TxC.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mayron Faria de Oliveira, Unidade de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, Brasil.

Supervisor responsável da pós graduação em "Fisioterapia na Reabilitação Cardiovascular" no setor de Reabilitação Cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Pesquisador e orientador no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia nas áreas de reabilitação, insuficiência cardíaca e UTI. Professor do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Referências

Bacal F, Souza Neto JD, Fiorelli AI, Mejia J, Marcondes-Braga FG, Mangini S, et al. II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco. Arq Bras Cardiol. 2010;94(1 Suppl 1):e16-e76.

Nogueira PR, Rassi S, Corrêa KS. Perfil epidemiológico, clínico e terapêutico da insuficiência cardíaca em hospital terciário. Arq Bras Cardiol. 2010;95(3):392-8.

Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G, Purcaro A. 10-year exercise training in chronic heart failure. JACC. 2012;60(16):1521-8.

Bui AL, Horwich TB, Fonarow GC. Epidemiology and risk profile of heart failure. Nat Rev Cardiol. 2011;8(1):30-41.

Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) [Internet]. 2015 [acesso em 16 set. 2015]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def

Araújo DV, Tavares LR, Veríssimo R, Ferraz MB, Mesquita ET. Cost of heart failure in the Unified Health System. Arq Bras Cardiol. 2005;84(5):422-7.

Loyola Filho AI, Matos DL, Giatti L, Afradique ME, Peixoto SV, Lima-Costa MF. Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiol Serv Saúde. 2004;13(4):229-38.

Bochi EA, Marcondes-Braga FG, Ayub-Ferreira SM, Rohde LE, Oliveira WA, Almeida DR, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2009;93(1 supl. 1):1-71.

Negrão CE, Middlekauff HR. Adaptations in autonomic function during exercise training in heart failure. Heart Fail Rev. 2008;13:51-60.

Poole DC, Hirai DM, Copp SW, Musch TI. Muscle oxygen transport and utilization in heart failure: implication for exercise (in)tolerance. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2012;302:H1050-63.

Carvalho RT, Vieira MLC, Romano A, Kopel L, Lage SG. Exercício resistido na avaliação da disfunção endotelial na insuficiência cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2006;86(6):459-65.

Oliveira MF, Méndez VMF, Sperandio PCA, Correia EB, Umeda IIK. Efeitos da ventilação não invasiva durante exercício físico na insuficiência cardíaca descompensada. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2010;20(1):18-23.

Bündchen DC, Gonzáles AI, Noronha M, Brüggemann AK, Sties SW, Carvalho T. Noninvasive ventilation and exercise tolerance in heart failure: a systematic review and meta-analysis. Braz J Phys Ther. 2014;18(5):385-94.

Ades PA, Keteyian SJ, Balady GJ, Houston-Miller N, Kitzman DW, Mancini DM, et al. Cardiac rehabilitation exercise and self-care for chronic heart failure. JACC Heart Fail. 2013;1(6):540-7.

Reis HV, Borghi-Silva A, Catai AM, Reis MS. Impact of CPAP on physical exercise tolerance and sympatheticvagal balance in patients with chronic heart failure. Braz J PhysTher. 2014;18(3):218-27.

Kawauchi TS, Almeida PO, Lucy KR, Bocchi EA, Feltrim MIZ, Nozawa E. Randomized and comparative study between two intra-hospital exercise programs for heart transplant patients. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2013;28(3):338-46.

Squires RW. Exercise therapy for cardiac transplant recipients. Prog Cardiovasc Dis. 2011;53:429-36.

Guimarães GV, D’Ávila VM, Chizzola PR, Bacal F, Stolf N, Bocchi EA. Reabilitação física no transplante de coração. Rev Bras Med Esporte. 2004;10(5):408-11.

Stewart KJ, Badenhop D, Brubaker PH, KeteyianSJ, King M. Cardiac rehabilitation following percutaneous revascularization, heart transplant, heart valve surgery, and for chronic heart failure. Chest. 2003;123(6):2104-11.

Burtin C, Clerckx B, Robbeets C, Ferdinande P, Langer D, Troosters T, et al. Early exercise in critically ill patients enhances short-term functional recovery. Crit Care Med. 2009;37(9):2499-505.

Guimarães GV, Bacal F, Bocchi EA. Reabilitação e condicionamento físico após transplante cardíaco. Rev Bras Med Esporte. 1999;5(4):144-6.

Borg GA. Psychophysical bases of perceives exertion. Med Sci Sports Exerc. 1982;14:377-81.

Nascimento Junior P, Módolo NSP, Andrade S, Guimarães MMF, Braz LG, El Dib R. Incentive spirometry for prevention of postoperative pulmonar complications in upper abdominal surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2014;(2):CD006058.

Chiappa GR, Roseguini BT, Vieira PJC, Alves CN, Tavares A, Winkelmann ER, et al. Inspiratory muscle training improves blood flow to resting and exercising limbs in patients with chronic heart failure. JACC. 2008;51(17):1663-71.

Lunardi AC, Paisani DM, Silva CCBM, Cano DP, Tanaka C,Carvalho CRF. Comparison of lung expansion techniques onthoracoabdominal mechanics and incidence of pulmonar complications after upper abdominal surgery: a randomized and controlled trial. Chest. 2015;148(4):1003-10.

Toyoda Y, Guy TS, Kashen A. Present status and future perspectives of heart transplantation. Circ J. 2013;77:1097-10.

Salles AF, Oliveira Filho JA. Adaptações ao exercício póstransplante cardíaco. Arq Bras Cardiol. 2000;75(1):79-84.

Oliveira MF, Zanussi G, Sprovieri B, Lobo DM, Mastrocolla LE, Umeda II, et al. Alternatives to aerobicexercise prescription in patients with chronic heart failure. Arq Bras Cardiol. 2016;106(2):97 104.

Herdy AH, López-Jimenez F, Terzic CP, Milani M, Stein R, Carvalho T, et al. South American Guidelines for Cardiovascular Disease Prevention and Rehabilitation. Arq Bras Cardiol. 2014;103(2 Suppl. 1):1-31.

Kavanagh T. Exercise rehabilitation in cardiac transplantation patients: a comprehensive review. Eur Med Phys. 2005;41(1):67-74.

Downloads

Publicado

2017-06-26

Como Citar

1.
Martinis JV, Oliveira MF de. Reabilitação intra-hospitalar após transplante cardíaco. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 26º de junho de 2017 [citado 19º de novembro de 2024];19(2):56-60. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29020

Edição

Seção

Atualização