Hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente em recém-nascido: relato de caso

Autores

  • Alcinda Aranha Nigri Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Caroliny Evagelista Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Carolina Daniela Ricci Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Douglas Alexandre do Espírito Santo Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Jessica Maria Bordinhon Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Gabriela Teixeira Araujo Residente, Pediatria, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

glicemia, hipoglicemia, doenças cerebrais

Resumo

Introdução: A manutenção de adequados níveis glicêmicos é de vital importância no período neonatal e na lactância, pois o tecido cerebral, ainda imaturo, é marcado por intensa atividade metabólica sendo ávido por glicose, tornando-se sensível às reduções dos níveis glicêmicos. A hiperinsulinemia é a principal causa de hipoglicemia persistente e recorrente nessa fase da vida. Como consequência, a ocorrência de episódios repetidos de hipoglicemia nesta faixa etária, pode causar danos cerebrais, na maioria das vezes graves e irreversíveis. Objetivos: O objetivo deste relato é elucidar um caso clínico de Hipoglicemia Hiperinsulinêmica na infância, com ênfase no diagnóstico e instituição de terapêutica precoces. Metodologia: O caso foi acompanhado no ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, sendo sua descrição embasada na literatura. Relato de Caso: Lactente, 9 meses, masculino, sem queixas no momento, encaminhado para este ambulatório para seguimento do tratamento de Hipoglicemia Hiperinsulinêmica. Apresentou aos 4 dias de vida quadro de hipoglicemia refratária ao uso de soro de manutenção, sendo encaminhado para o Hospital Regional de Sorocaba para investigação diagnóstica, chegando-se a hipótese citada acima. Iniciou-se terapia com Octreotide para controle glicêmico e atualmente mantem níveis glicêmicos na faixa da normalidade com o uso contínuo desse medicamento. Foi avaliado pelo neurologista aos 5 meses de vida, sem alterações em desenvolvimento neurológico até o momento. Conclusão: A identificação precoce e a correta abordagem desta patologia são preditores de um bom prognóstico, afinal reduz-se substancialmente o risco de desenvolvimento de sequelas neurológicas com a terapêutica adequada.

Publicado

2016-10-07

Como Citar

Nigri, A. A., Evagelista, C., Ricci, C. D., Santo, D. A. do E., Bordinhon, J. M., & Araujo, G. T. (2016). Hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente em recém-nascido: relato de caso. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba, 18(Supl.), 12. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29690