Alopecia areata ofiásia na infância: do diagnóstico ao tratamento
Palavras-chave:
alopecia areata, ofiásica, corticoidesResumo
Introdução: Entre as alopecias mais comuns na infância está a alopecia areata (AA), uma afecção crônica dos folículos pilosos, de etiologia auto-imune e genética. Apresenta-se pela queda de pelos, devido a interrupção de sua síntese, sem a atrofia dos folículos, por isso é reversível. AA afeta ambos os sexos e inicia- se em qualquer idade; porém, 60% dos primeiros episódios ocorrem entre 5 e 20 anos. AA manifesta-se por placas de alopecia assintomáticas, arredondadas, sem inflamação, podendo afetar qualquer área com folículos pilosos, frequentemente o couro cabeludo. Sinal de tração positivo, pelos cadavéricos e penugem branca no exame físico da fase aguda auxiliam o diagnóstico. AA é classificada como atípica e clássica, esta última pode ser: placa única, placas múltiplas, AA total, ou AA ofiásica (AAO). AAO consiste na perda de cabelos na linha de implantação temporooccipital, atingindo as bordas inferiores do couro cabeludo; seu diagnóstico é clinico devendo ser diferenciado de Tinha do couro cabeludo, pseudopelada de Brocq e tricotilomania. O tratamento para AAO é sintomático e não altera o prognóstico, sendo utilizados principalmente corticoides tópicos, infiltrações intralesionais, antralina e minoxidil. Objetivo: Relatar caso de AAO na infância. Relato do caso: Feminina, 13 anos, com perda de cabelos há 4 anos e piora há 6 meses. Ao exame: área extensa de alopecia em região temporoocciptal até margem inferior de implantação do couro cabeludo. Sinal de tração positivo na periferia da área de alopecia. Hipótese diagnóstica: AAO. Terapia: infiltração de corticoide. Metodologia: Paciente atendida em ambulatório e revisão de literatura. Conclusão: Por acometer sobretudo os cabelos, AA afeta a autoestima e os aspectos psicológicos, principalmente das crianças, que crescem em meio propício a julgamentos e rejeição social. Assim, é importante a intervenção terapêutica precoce para estabilizar e regredir o quadro clínico.
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