Obstrução duodenal congênita do tipo veia porta pré-duodenal em recém-nascido

Autores

  • Willy Marcus França Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Pedro Luís Escher Escobosa Parron Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Patrícia Junqueira Maia Soares Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Elsner Gonzaga Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Beatriz Alves Dinamarco Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

obstrução duodenal, veia porta pré-duodenal

Resumo

Introdução: A obstrução duodenal congênita manifesta-se tipicamente no período intrauterino e neonatal. Todavia, uma apresentação mais tardia e diversa pode ocorrer nos raros casos de veia porta pré-duodenal (VPPD). A identificação de achados radiológicos, como o sinal de dupla bolha, é determinante para a hipótese diagnóstica de oclusão ou sub-oclusão duodenal e a utilização de ultrassom com Doppler pode auxiliar na suspeita de obstrução duodenal tipo veia porta. Entretanto, o diagnóstico final da causa do quadro obstrutivo só pode ser confirmado mediante ao procedimento de laparotomia exploratória; Objetivos: Destacar o tratamento realizado, a evolução e o prognóstico do caso reportado de VPPD em recém-nascido; Metodologia: Acompanhamento clínico e cirúrgico, baseado na análise de prontuário do recém-nascido, incluindo registro fotográfico dos métodos diagnósticos e procedimentos cirúrgicos, com suporte de uma ampla revisão da literatura; Relato de caso: RN do sexo feminino, de gestação e parto sem complicações, apresentou, ao nascer, 55 ml de conteúdo gástrico após aspiração e exame físico sem alterações. Paciente evoluiu com vômitos após mamadas e significativa perda de peso, sendo prescrita nutrição parenteral, jejum e sonda orogástrica aberta. Foi realizado RX de trânsito intestinal contrastado, apresentando o sinal de dupla bolha, sendo indicada laparotomia exploratória, com achados de VPPD. Paciente evoluiu bem no pós- operatório, iniciando dieta enteral e posterior evacuação. Conclusões: O caso relatado traz à luz a discussão da terapêutica de VPPD associada à doença sub- oclusiva duodenal, e evidencia que é possível obter resultados satisfatórios e duradouros no que diz respeito ao alívio sintomático e melhoria da qualidade de vida.

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Publicado

2016-10-07

Como Citar

1.
França WM, Parron PLEE, Soares PJM, Gonzaga E, Dinamarco BA. Obstrução duodenal congênita do tipo veia porta pré-duodenal em recém-nascido. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 7º de outubro de 2016 [citado 19º de novembro de 2024];18(Supl.):45. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29767