Percepção das mulheres no climatério em relação à sexualidade, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à qualidade da assistência pelos profissionais da saúde
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i2a7Palavras-chave:
sexualidade, climatério, doenças sexualmente transmissíveisResumo
Introdução: A fase climatérica, além de apresentar diversas alterações fisiológicas decorrentes do declínio das concentrações hormonais que interferem na qualidade de vida, sexualidade e autopercepção, ainda carrega os preconceitos e tabus criados pela sociedade. Objetivo: Identificar a percepção das mulheres na fase do climatério em relação aos sintomas apresentados, à sua sexualidade, ao uso de preservativo para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à qualidade da assistência prestada pelos profissionais da saúde nessa fase. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com análise qualitativa, que incluiu 15 mulheres na faixa etária de 40 a 65 anos em condições de comunicação. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista gravada em áudio com a questão norteadora: “Como você se sente nessa fase da vida em relação à sua sexualidade, às doenças sexualmente transmissíveis e à assistência do profissional da saúde?”. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica do discurso do sujeito coletivo, que visa dar luz ao conjunto de individualidades semânticas componentes do imaginário social. Resultados: Das 15 entrevistas, foi possível identificar 11 ideias centrais e 11 discursos. Mulheres climatéricas na faixa de 54 a 63 anos; 98% usam preservativos; 94% têm vida sexual ativa e companheiros há mais de 10 anos. Considerações finais: Percebeu-se que a parte do objetivo que contemplava a qualidade da assistência prestada pelos profissionais de saúde foi inconclusiva. Assim sendo, não obtivemos resultado final para esse tema, por ser entendido como um aspecto mais abrangente.
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