Reposição volêmica em pacientes politraumatizados
Palavras-chave:
pacientes politraumatizados, reposição volêmica, hipovolemiaResumo
O debate sobre a administração de colóides, cristalóides, soluções hipertônicas ou elementos sanguíneos em pacientes críticos estende-se desde o século 19. Algumas dessas soluções podem ser diferentemente distribuídas nos espaços intra e extravasculares, assim como nos espaços intra e extracelulares, causando diferentes efeitos fisiológicos. Diversos estudos foram realizados com o objetivo de comparar um fluido ao outro, mostrando a eficácia e as vantagens de cada um. Porém, não existe um trabalho que consiga provar uma diferença significativa em relação à morbi-mortalidade após a reposição volêmica com cada tipo de fluido. Esses estudo, por serem diferentes em relação aos protocolos de ressucitação, volumes e tipos de fluidos utilizados, dificultam a comparação dos resultados; no entanto, sabe-se que a reposição volêmica depende de cada situação clínica. A utilização da reposição volêmica pré-hospitalar é discutível, visto que pode aumentar o sangramento ou mesmo ser motivo de atraso na transferência do paciente ao hospital, ao mesmo tempo em que pode reduzir o risco de isquemia tecidual. Uma vez que a hemorragia tenha sido controlada, há um consenso para o fato de que o volume intravascular deve ser reposto da forma mais rápida e eficaz possível para minimizar a quantidade de células afetadas diretamente pela má perfusão tecidual. Os atuais trabalhos envolvidos nessa polêmica trazem resultados que sugerem a continuidade das investigações, visto que nenhum deles atingiu um ponto final comum. Desses estudos, um aspecto com o qual todos concordam e que se tornou claro é que não existe uma fórmula mágica única de administração intravenosa para os pacientes politraumatizados. Este trabalho visa, por meio de revisão bibliográfica, mostrar os tipos de fluidos a serem utilizados para reposição volêmica de pacientes politraumatizados, assim como os meios e a forma de utilização dos fluidos.
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