Estudo in vivo do reparo tecidual de poli(álcool vinílico)/quitosana/colágeno como curativo dérmico para aplicações em queimaduras de segundo grau

Autores

  • Maria Lourdes Peris Barbo
  • Eliana Aparecida de Rezende Duek
  • Moema Hausen
  • Vitória Guelli Ambrósio
  • Mariana Laís Barbosa de Queiroz Fonseca
  • Hellena Maria Queiroz Villas Boas

Resumo

Introdução: Na atenção básica ao paciente queimado, o manejo dessas lesões consiste atualmente na limpeza da ferida com água, clorexidina degermante e administração de agentes tópicos bactericidas e profiláticos. Dessa forma, as práticas curativas utilizadas atualmente não promovem, em grande parte, a regeneração e cicatrização tecidual, funcionando apenas como barreiras físicas e biológicas. Portanto, uma alternativa interessante ao atual tratamento de queimaduras é a utilização de biomateriais poliméricos associados a moléculas indutoras, por serem biocompatíveis, biodegradáveis, além de minimizarem as reações adversas no organismo. Objetivos: Produção de um biomaterial que funcione como curativo para queimaduras de segundo grau, à base de POLI(ÁLCOOL VINÍLICO)/QUITOSANA/COLÁGENO. Este material foi avaliado quanto a sua capacidade de induzir a regeneração de queimaduras através de análises histológicas e morfométricas. Métodos: Para a realização do estudo, foram utilizados 40 ratos Wistar, que sofreram queimadura por escaldo em região dorso-cervical. Os animais foram divididos em quatro grupos com base no tratamento aplicado: Controle negativo (sem tratamento), Controle positivo (tratamento com membrana de PVA pura) e dois grupos Tratamento, um com membrana PVA/quitosana/colágeno contendo 10% de quitosana (Tratamento I) e o outro contendo 20% de quitosana (Tratamento II). Após os procedimentos de queimadura e tratamento, os animais foram subdivididos e observados por 7 e 14 dias. No final desse processo as cobaias foram sacrificadas e o material coletados foi enviado para a análise histológica. Resultados: A avaliação histológica do tecido lesado verificou ao longo do tempo a neoformação colágena subcutânea, características inflamatórias moderadas a discretas, e a regeneração da epiderme, a qual evidenciou melhor resultado no grupo contendo 10% de quitosana devido a reepitelização completa após 14 dias seguido de menor quantidade de miofibroblastos, células associadas a formação de cicatrizes hipertróficas. Conclusão: Com o intuito de aprimorar o tratamento das queimaduras atualmente disponível na saúde pública, além da utilização de material de baixo custo, este projeto avaliou e confirmou a efetividade do biomaterial estudado na regeneração tecidual em modelo animal para que se torne um candidato potencial e posteriormente, possa ser disponibilizado na rede de saúde pública brasileira.

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Publicado

2018-11-16

Como Citar

1.
Barbo MLP, Duek EA de R, Hausen M, Ambrósio VG, Fonseca MLB de Q, Boas HMQV. Estudo in vivo do reparo tecidual de poli(álcool vinílico)/quitosana/colágeno como curativo dérmico para aplicações em queimaduras de segundo grau. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 16º de novembro de 2018 [citado 19º de novembro de 2024];20(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40090