Efeitos dos extratos de Peumus boldus e Foeniculum vulgare sobre o desenvolvimento embrionário e placentário em camundongos
Resumo
Introdução: Atualmente, a preocupação com efeitos gerados pela medicação alopática tem levado mulheres grávidas a recorrerem ao uso de plantas medicinais como uma alternativa no tratamento de alguns sintomas gravídicos. Esse aumento no uso de remédios fitoterápicos traz preocupação em relação a efeitos tanto abortivos quanto teratogênicos pouco difundidos. Estudos epidemiológicos atuais mostram que boldo e erva-doce são as plantas mais consumidas por gestantes e que na maioria das vezes a recomendação vem de familiares ou amigos; raramente profissonais da saúde são responsáveis pela indicação. O extrato aquoso de folhas de boldo (Peumus boldus) é recomendado no tratamento de gastrite e úlcera gástrica, além de ser hepatoprotetor, colagogo, colerético e ter potencial analgésico e anti-inflamatório. A erva-doce (Foeniculum vulgare) é indicada devido suas propriedades carminativas, expectorantes, espasmolíticas e diuréticas. Objetivo: Analisar alterações morfológicas e morfométricas de fetos e suas respectivas placentas expostas ao uso de boldo (Peumus boldus) e erva-doce (Foeniculum vulgare). Metodologia: Neste estudo estão sendo utilizados camundongos Mus musculus domesticus cujas fêmeas foram colocadas junto aos machos para acasalamento e a cada manhã foi observada a presença do tampão vaginal. O dia em que o tampão foi identificado considerou-se o 1º dia de prenhez. A partir disso, foram administradas soluções de extrato de boldo e erva-doce via oral para as fêmeas por gavagem intragástrica, seguido de coleta de fetos e placenta no 18° dia de gestação para análise morfológica e morfométrica. Resultados e conclusão: No presente estudo, constatou-se efeito tóxico e letal da dose do extrato de boldo utilizada. Já a administração do extrato de erva-doce gerou gestação atípica com número reduzido de fetos, alteração histológica da placenta e do tamanho dos fetos.Downloads
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