Leiomioma uterino e atonia uterina pós-parto
Palavras-chave:
leiomioma, hemorragia uterina, histerectomiaResumo
Introdução: Leiomioma uterino é um tumor benigno com incidência de 0,3 a 3,9% nas gestantes. Ele pode dificultar a contração e retração uterina no pós-parto, causando hemorragia e podendo levar à necessidade de tratamento cirúrgico, inclusive à histerectomia. Objetivos: Relatar um caso de leiomioma uterino e atonia uterina pós parto. Metodologia: Os dados foram obtidos da análise do prontuário e a pesquisa literária feita a partir da base “Scielo”; Relato de Caso: Paciente de 27 anos, secundigesta, nulípara, 1 abortamento espontâneo. Idade gestacional de 37 semanas e 4 dias. Durante o trabalho de parto, foi diagnosticada parada secundária da dilatação cervical indicando-se parto cesáreo. Na operação, observou-se mioma intramural de aproximadamente 5 centímetros (cm) de diâmetro em parede anterolateral direita. Após extração fetal, houve atonia uterina e sangramento importante. Realizadas sem sucesso: massagem fúndica uterina, ocitocina e metilergonovina, misoprostol retal, e tentativa de sutura hemostática com técnica de B-Lynch. Optou-se pela realização de histerectomia subtotal. A evolução foi satisfatória no puerpério imediato. Conclusões: O leiomioma, dependendo do volume e localização, dificulta a contração e retração uterina no pós-parto. A atonia uterina, principal causa de hemorragia pós-parto, pode levar à necessidade de tratamento com uterotônicos, e em casos mais graves, de tratamento cirúrgico: ligadura das artérias uterinas/ilíacas internas, sutura de B-Lynch, tendo como último recurso, devido ao sangramento excessivo e à atonia uterina, representando risco de morte materna, a histerectomia puerperal. Ressaltamos a importância do diagnóstico precoce de leiomiomas, cuja a localização e volume podem ser obtidos no pré-natal, na ultrassonografia realizada entre 4 e 6 semanas de gestação, possibilitando que sejam instituídas terapêuticas clínicas e cirúrgicas, na tentativa de evitar a atonia uterina e hemorragia pós-parto, e consequentemente, a histerectomia.
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