Ferimento por arma de fogo em zona II cervical
Palavras-chave:
trauma cervical, ferimento por arma de fogo (FAF), zona II cervicalResumo
Introdução: Os ferimentos por arma de fogo são uma realidade cada vez mais presente, principalemnte nas grandes cidades. O pescoço, por ser uma região com grande quantidade de estruturas vitais, torna-se vulnerável a traumatismos apresentando mortalidade de 1 a cada 10 acometidos. A conduta a ser tomada nesses casos não é algo estabelecido, compondo um entrave para um bom prognóstico. Relato de caso: ARS, 28 anos, vítima de ferimento por arma de fogo (FAF) em pescoço há 1 hora. Paciente chegou com vias aéreas pérvias com discreta disfonia, FAF em zona II cervical (entrada anterior esquerda, saída em trígono posterior à direita). Murmúrio vesicular presente bilateralmente e sem alterações, FR: 20 ipm/min, PA: 140x90mmHg, FC: 90 bpm, Glasgow 15 sem déficits, sem outras lesões ou outros FAF. Ferimento cervical sem saída de saliva, sem hematoma expansivo ou pulsátil, sem escape aéreo, presença de enfisema subcutâneo. Foi indicado cervicotomia em colar que evidenciou lesão da cartilagem cricoide e lesão em faringe posterior, sem lesões vasculares. As lesões foram suturadas com Vycril 3-0, traqueostomia de proteção e drenagem em sistema fechado. O dreno foi retirado em 7o PO e o paciente permaneceu 14 dias recebendo dieta por sonda entérica, quando foi retirada e introduzida dieta via oral. O paciente recebeu alta no 17o PO com discreta disfonia. Discussão: Os ferimentos que acometem a região cervical, merecem atenção dos serviços de trauma e emergência, visto sua complexidade e alta mortalidade. Existe, porém, controvérsias sobre o tratamento operatório e o conservador quando se trata de lesões penetrantes no pescoço, sejam elas por arma de fogo (FAF) ou por arma branca (FAB). As lesões vasculares são as mais alarmantes seguidas das lesões neurológicas e das vias aéreas. Conclusão: Com base em revisão da literatura, concluímos que o caso relato tem baixa incidência, sendo um desafio seu manejo devido à grande quantidade de estruturas vitais presentes na região, justificando tal relato e concluímos também que o manejo foi adequado.Downloads
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