Dispositivo bilaminar de PVA/gelatina cultivado com células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo humano como substituto cutâneo

Autores

  • Eliana Aparecida de Rezende Duek
  • Dario Mendes Júnior
  • Juliana Almeida Domingues
  • Maria Lourdes Peris Barbo
  • Moema Hausen

Palavras-chave:

hidrogel, PVA/gelatina, lesão dorsal, regeneração dérmica

Resumo

O uso do poli(álcool-vinílico) (PVA) com nanopartículas de prata (NpAg) como curativo cutâneo aumentou. Na forma de membrana, o PVA atua como análogo epidérmico, protegendo a lesão da desidratação e mantendo-a úmida. Já o arcabouço de gelatina (gel) e ácido hialurônico (AH) atua como derme substituta. As células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo humano (CTMs-TAh) podem ser cultivadas no arcabouço de gel-AH para produzirem substâncias que auxiliam na regeneração dérmica. Este estudo analisou a morfologia e citocompatibilidade do dispositivo PVA-NpAg/gelAH/CTM-TAh in vitro e investigou a ocorrência de regeneração dérmica em lesão dorsal de espessura total em ratos Wistar. A morfologia do dispositivo foi analisada por microscopia eletrônica. O ensaio de citocompatibildade foi realizado por microscopia confocal. Dividiu-se 60 ratos em 4 grupos: controle (somente lesão), PVA-NpAg, PVANpAg/gel-AH e PVA-NpAg/gel-AH/CTM-TAh. Eles foram sacrificados após 14 e 28 dias e a pele do local das lesões processada para histologia. A análise morfologica mostrou que o PVA e a gel apresentaram poros, o que é importante para troca gososa e angiogênese. O estudo da citocompatibilidade foi realizado por cultivo das CTMs-TAh nos dispositivos PVA/gel-AH e PVA-NpAg/gel-AH, o que evidenciou que, em ambos, houve proliferação celular e manutenção do fenótipo ao longo do tempo. Por fim, in vivo, a análise qualitativa mostrou que os grupos PVA-NpAg/gel-AH/CTM-TAh e PVA-NpAg/gel-AH tiveram remodelamento cicatricial acentuado, com menor área lesionada observada no grupo PVA-NpAg/gel-AH/CTM-TAh, além de, praticamente, não se observar fibrose na hipoderme, indicando que houve mais regeneração cutânea que reparação. Na contagem de vaso, esses mesmos grupos tiveram os maiores números de vasos, provando que estimularam a angiogênese. Baseado nisso, conclui-se que o dispositivo bilaminar estimulou a regeneração cutânea e diminuiu a fibrose das lesões.

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Biografia do Autor

Dario Mendes Júnior

 
3 - Maria Lourdes Peris Barbo
4 - Moema Hausen

Publicado

2018-11-28

Como Citar

1.
Duek EA de R, Mendes Júnior D, Domingues JA, Barbo MLP, Hausen M. Dispositivo bilaminar de PVA/gelatina cultivado com células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo humano como substituto cutâneo. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28º de novembro de 2018 [citado 19º de novembro de 2024];19(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40327