Avaliação dos efeitos tóxicos da exposição pré-natal ao Peumus boldus na prole de ratas Wistar
Palavras-chave:
plantas medicinais, toxicidade perinatal, Peumus boldusResumo
A utilização de plantas com fins medicinais é amplamente difundida no Brasil, e na maioria dos casos, a escolha de uma terapia baseada em plantas medicinais é sempre sem orientações médicas (GALLO & KOREN, 2001). Os efeitos mais preocupantes do uso indiscriminado de plantas medicinais são teratogênicos, embriotóxicos e abortivos. Peumus boldus Molina (Monimiaceae) é conhecido no Brasil como “boldo” ou “boldo-do-Chile”, sendo utilizado como estimulante de secreções gástricas, facilitando a digestão; antidispéptico; colerético e colagogo; associado a drogas como a alcachofra, é utilizado em ardores esofágicos e epigástricos, e associações com cáscara-sagrada são usadas na constipação intestinal (HOFFMAN, 1981; BRUNETON, 2001). Este trabalho avaliou o efeito tóxico do Peumus boldus Molina durante o período gestacional de ratas e desenvolvimento físico e reflexológico da prole. Não foram observadas alterações significativas no ganho de peso das ratas durante a gravidez. Nas ratas tratadas, o número de filhotes nascidos foi menor do que o encontrado nas ratas do grupo controle. O ganho de peso da prole das ratas tratadas apresentou diferença significativa nos dias 7 e 14 pós-nascimento, comparado ao grupo controle. Observou-se alteração de pêlos em uma das ninhadas e também ato de canibalismo de uma das ratas do grupo tratado. O desenvolvimento reflexológico dos filhotes também não apresentou alterações significativas. Na concentração utilizada do extrato de Peumus boldus não se observou prejuízos significativos em relação a prole, apenas escassez de pelos, baixo peso ao nascer e número reduzido de filhotes em um dos experimentos, porém estudos com concentrações maiores deverão ser feitos para uma conclusão definitiva quanto à segurança deste fitoterápico nas gestantes e lactentes.Downloads
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