Estudo epidemiológico da paralisia facial periférica num ambulatório de nível terciário

Autores

  • José Jarjura Jorge Junior
  • Gabriela Fernanda Esquerdo Sampaio
  • Dante Hideo Uemura
  • Gabriella Macêdo Barros
  • Gislaine Patricia Coelho
  • Larissa Borges Richter Boaventura
  • Luiz Eduardo Flório Junior

Palavras-chave:

doenças do nervo facial, nervo facial, paralisia de Bell

Resumo

Introdução: A paralisia facial periférica resulta de uma lesão do nervo facial, levando a perda temporária ou permanente dos movimentos da mímica facial. Possui múltiplas etiologias e a Paralisia de Bell é a principal causa. A evolução do quadro depende de vários fatores e o tratamento precoce é fundamental para o melhor prognóstico. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com paralisia facial periférica, atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Lucinda de Sorocaba (SP). Material e métodos: Foram analisados de maneira retrospectiva os prontuários dos pacientes com paralisia facial periférica, no período de 01/16 a 12/16. Avaliou-se: sexo, idade, lado paralisado, etiologia, tempo de evolução, intervenções realizadas, classificação de House-Brackmann e estação do ano do aparecimento da paralisia. Resultados: Dos 43 pacientes, 72,1% eram do sexo feminino, 62,8% eram adultos, o lado mais acometido foi o direito (67,4%), a principal etiologia foi a Paralisia de Bell (74,3%), a maioria apresentou algum grau de melhora (62,8%). Em relação ao tratamento, 86,1% fez uso de proteção ocular, 86,1% de corticoide, 79,1% de antivirais e 62,8% as três medidas foram associadas. Em 53,3% dos pacientes, os sintomas surgiram nos meses mais frios. Discussão e conclusões: O perfil epidemiológico traçado é compatível com o de outros estudos semelhantes. A paralisia de Bell é a causa mais frequente, há um equilíbrio ao lado da face acometida, os climas mais frios podem desencadear as manifestações e a faixa etária adulta é a mais atingida. O tratamento associando corticoides, antivirais e proteção ocular apresentou resultados satisfatórios. A associação de proteção ocular, corticoides e antivirais demonstram maiores taxas de recuperação.

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Publicado

2018-11-28

Como Citar

1.
Jorge Junior JJ, Sampaio GFE, Uemura DH, Barros GM, Coelho GP, Boaventura LBR, Flório Junior LE. Estudo epidemiológico da paralisia facial periférica num ambulatório de nível terciário. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28º de novembro de 2018 [citado 19º de novembro de 2024];19(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40360