Fatores associados a infecções puerperais na maternidade de um hospital escola do interior de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2020v22i3a5Palavras-chave:
Infecções puerperais, Infecção hospitalar, Parto Vaginal, Parto Cesáreo, Enfermagem ObstétricaResumo
Objetivos: A pesquisa teve como objetivo identificar os fatores associados à infecção puerperal em puérperas de janeiro de 2017 a janeiro de 2019; relacionar a infecção puerperal com as variáveis sociodemográficas e clínicas; relacionar via de parto com a infecção puerperal. Métodos: O local do estudo foi uma maternidade do interior do estado de São Paulo. É um estudo exploratório, quantitativo e retrospectivo, no qual foi utilizado o teste de χ2 o ao nível de significância de 5%. A coleta de dados aconteceu de forma exclusiva em prontuários, após a aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa, por meio do parecer nº 3.144.647. Resultados: O grupo de puérperas estudado (N = 20) caracteriza-se por adultas jovens, em união estável, com ensino médio completo, do lar e dependentes do Sistema Único de Saúde. As variáveis que apresentaram dependência foram a relação entre classificação de ferida operatória e escolaridade (p = 0,035); a classificação de sinais e sintomas e o estado civil; e a classificação do plano terapêutico e a reabordagem da ferida operatória (p = 0,067). Foram evidenciados, como antecedentes clínicos predominantes, o tabagismo, a asma e a hipertensão arterial sistêmica. Quanto às condições de parto, este foi marcado por tentativa de indução, toques vaginais frequentes e desfecho de cesariana. Conclusão: Foi constatada a relação entre parto cesáreo e infecção puerperal, ressaltando o procedimento invasivo e maior incidência de casos de sepse puerperal após cesariana.
Downloads
Metrics
Referências
Pina E, Ferreira E, Masques A, Matos B. Infecções associadas aos cuidados de saúde e segurança do doente. Rev Port Saúde Pública. 2010;(10):27-39.
Berlet LJ. Infecção no período puerperal: implicações para a enfermagem [dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2015.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção e critérios diagnósticos de infecções puerperais em parto vaginal e cirurgia cesariana. Brasília: Anvisa; 2017.
Gabrielloni MC, Barbieri M. Infecção hospitalar e suas interfaces na área de saúde. In: Fernandes AT, Fernandes MOV, Ribeiro N, eds. Infecção hospitalar e suas interfaces na área de saúde. São Paulo: Atheneu; 2002. p. 91-128.
Karsnitz DB. Puerperal infections of the genital tract: a clinical review. J Midwifery Women’s Health. 2013;58(6):632-42. https://doi.org/10.1111/jmwh.12119
Petter CE, Farret TCF, Scherer JS, Antonello VS. Fatores relacionados a infecções de sítio cirúrgico após procedimentos obstétricos. Sci Med. 2013;23(1):28-33. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2013.1.12715
Cunha MR Padoveze MC, Melo CRM, Nichiata LYI. Identificação da infecção de sítio cirúrgico pós-cesariana: consulta de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2018;71(supl. 3):1395-403. https://doi. org/10.1590/0034-7167-2017-0325
Brasil. Ministério da Saúde. CONITEC. Diretrizes de Atenção a Gestante: a operação cesariana. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Benincasa BC, Walker C, Cioba C, Rosa CCS, Martins DE, Dias E, et al. Taxas de infecção relacionadas a parto cesáreos e normais no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Rev HCPA. 2012;32(1):5-9.
Downe S, Gyte GML, Dahlen HG, Singata M. Toque vaginal de rotina para avaliar a evolução do trabalho de parto e melhorar desfechos maternos e de bebês a termo. Cochrane Data System Rev. 2013. https://doi. org/10.1002/14651858.CD010088.pub2
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.
Diniz CSG, Niy DY, Andrezzo HFA, Carvalho PCA, Salgado HO. A vagina-escola: seminário interdisciplinar sobre violência contra a mulher no ensino das profissões de saúde. Interface (Botucatu). 2016;20(56):253-9. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0736
Ataide MM, Santos AAP, Silva JMO, Sanches METL. Exame obstétrico realizado pela enfermeira: da teoria a prática. Enferm Foco. 2016;7(2):67-71. https://doi. org/10.21675/2357-707X.2016.v7.n2.798
Maranhão AMSA, Barbieri M, Gabrielloni MC, Fustinoni SM. Cuidados na realização da propedêutica obstétrica visando a prevenção da infecção hospitalar em maternidades. Rev Bras Enferm. 1992;45(4):302-7. https://doi.org/10.1590/ S0034-71671992000300008
Lima DM, Wall ML, Hey A, Falcade AC, Chaves ACM, Souza MAR. Fatores de riscos para infecção no puerpério cirúrgico. Cogitare Enferm. 2014;19(4):734- 40. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v19i4.35170
Silva CG, Crossetti MGO. Curativos para tratamento de feridas operatórias abdominais: uma revisão sistemática. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(3):182-9. https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000300024
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.