Dados epidemiológicos e sociodemográficos dos casos de suicídio em Sorocaba-SP no período de 2007 a 2017
Palavras-chave:
suicídio, epidemiologia, análise estatística, indicadores demográficosResumo
INTRODUÇÃO: Um suicídio ocorre a cada 45 segundos e está entre as dez principais causas de morte na população mundial, configurando como um grave problema de saúde pública. Dados epidemiológicos são muito úteis na caracterização do suicídio, pois quanto mais informações houver, como: idade, sexo, escolaridade, estado civil, dentre outros, maiores as chances dos profissionais de saúde e da população terem ferramentas no auxílio dessa problemática. OBJETIVOS: Realizar um levantamento sociodemográfico dos indivíduos que cometeram suicídio no município de Sorocaba entre os anos 2007 e 2017, a fim compará-lo com índices brasileiros e mundiais. MÉTODOS: os dados sociodemográficos acerca do suicídio de Sorocaba nos 10 anos estudados foram coletados através da Fundação Seade – Base Unificadora de Óbitos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, que, posteriormente, foram analisados e tabulados por meio do programa SPSS 10, sendo realizado teste ANOVA. RESULTADOS: O teste ANOVA indicou que não houve diferença na comparação da média de suicídio por 100.000 habitantes entre Sorocaba, Estado de São Paulo e Brasil. A nível mundial, o gênero masculino apresenta maior prevalência de suicídio entre todas as regiões estudadas, com exceção da China. Em relação aos meios utilizados, os homens utilizam mais o enforcamento e arma de fogo quando comparado às mulheres. Já no sexo feminino predomina a utilização de intoxicação exógena nas três localidades estudadas. Para ambos os sexos, prevaleceu o suicídio nos solteiros. Ademais, a prevalência do suicídio no sexo masculino é entre 20 e 29 anos em Sorocaba; enquanto no gênero feminino é maior entre 40 e 49 anos. Já no Estado de São Paulo, tanto no gênero masculino quanto no feminino, a prevalência de suicídio é maior na faixa etária dos 30-39 anos. Foi mais frequente em indivíduos com escolaridade de 8 a 11 anos em Sorocaba e no Estado de São Paulo. Ademais, o suicídio predominou no branco, seguido do pardo e em terceiro no negro. CONCLUSÃO: Intervenções e estratégias políticas de saúde mental são de extrema importância na prevenção contra o suicídio, como dificultar o acesso aos meios mais utilizados, criar palestras em faculdades, já que a maior prevalência está entre os jovens/adultos, capacitar os profissionais da saúde para se atentarem aos grupos de risco e aos sinais de alerta para o suicídio.Downloads
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