Análise histológica de enxerto autólogo e heterotópico de baço em ratos Wistar pós esplenectomia total
Palavras-chave:
esplenectomia total, autotransplante heterotópico, regeneração autotransplante esplênicoResumo
INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos à esplenectomia total apresentam um risco aumentado de morte por infecção fulminante pós-esplenectomia. Quando há hiposplenia, asplenia funcional não cirúrgica, asplenia congênita ou outra afecção esplênica, também há aumento de risco de sepse fulminante. Sendo assim, diversas alternativas tem sido propostas para reverter ou evitar as complicações do estado asplênico. OBJETIVOS: O presente estudo busca avaliar e comparar os aspectos histológicos entre o baço normal e fragmentos de baço autólogos e heterotópicos implantados no mesentério e no peritônio, em ratos submetidos à esplenectomia total. METODOLOGIA: O presente trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa no Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP. Trinta (30) ratos wistar, sob anestesia, foram submetidos à esplenectomia total e ao autotransplante heterotópico com a implantação dos enxertos no mesentério e no peritônio. Após 4 semanas foi realizada a eutanásia dos animais e posterior retirada dos enxertos para análise histológica, de modo a avaliar o aspecto macroscópico do enxerto, a integridade do parênquima esplênico, a reação inflamatória peri-implante, a reação granulomatosa do tipo corpo estranho e a proliferação fibroblástica. RESULTADOS: Analisando os enxertos, macro e microscopicamente, como um todo nota-se que grande parte dos implantes não apresentou alterações capazes de causar grande prejuízo à sua funcionalidade, visto que 98,3% dos enxertos não apresentaram uma inflamação tecidual peri-implante capaz de prejudicar a funcionalidade do enxerto, 94,9% dos implantes não tiveram uma reação granulomatosa do tipo corpo estranho que pudesse alterar significativamente a funcionalidade do fragmento esplênico e nenhum enxerto autólogo de baço teve uma proliferação fibroblástica que pudesse causar sua perda funcional. Ao realizar a comparação entre os sítios de implantação (mesentério e peritônio), demonstra-se que não houve diferença estatística (p>0,05) entre os locais de fixação do enxerto. CONCLUSÃO: Em sua grande maioria, os enxertos implantados não sofreram alterações, tanto macro como microscopicamente, sugestivas de perda funcional. Além disso, ao analisar a comparação entre os sítios de implantação, conclui-se que não há diferença estatística entre os locais de fixação do enxerto.Downloads
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