Avaliação in vitro da biocompatibilidade de microesferas de Poli(L-ácido lático-co-ácido glicólico) contendo doxiciclina direcionada a aplicações periodontais
Palavras-chave:
PLGA, doxiciclina, microesferas, aplicações periodontais, biocompatibilidade.Resumo
Introdução: Ao longo das décadas, com o melhor conhecimento da etiologia das doenças periodontais, foram desenvolvidas técnicas de tratamento efetivo. O uso de agentes antimicrobianos, tanto sistêmicos como locais, são coadjuvantes essenciais ao tratamento mecânico. A doxiciclina (DOX), uma tetraciclina semi sintética, é mais vantajosa que a tetraciclina por exibir maior absorção bucal, têm meia-vida mais prolongada e mostra uma melhor solubilidade lipídica, o que é importante para a sua ação antibacteriana. Mesmo com o bom desempenho da doxiciclina, necessita-se de um veículo que permita a liberação e disposição da mesma, no meio subgengival, por um período prolongado. Assim, o poli (L-Ácido Lático-co-Ácido Glicólico) (PLGA) representa um tipo de microparticulado polimérico que oferece uma abordagem alternativa para a liberação de drogas, devido à sua biocompatibilidade, não imunogenicidade, não toxicidade, biodegradabilidade, métodos de preparação simples e estabilidade físicoquímica. Embora outros estudos demonstrem a biocompatibilidade do PLGA e da farmacocinética da doxiciclina em ensaios in vivo e in vitro, não se sabe qual seria o comportamento biológico quando ambos estão associados e liberando o fármaco. Objetivo: Analisar a biocompatibilidade de microesferas de PLGA contendo DOX. Metodologia: As microesferas de PLGA foram produzidas no Laboratório de Biomateriais (Labiomat) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Um protocolo adaptado de Dawes et al. (2009) e Misra et al. (2009) foi adotado. Realizou testes de viabilidade celular das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo (hMSC) a fim de avaliar o metabolismo mitocondrial, adesão e proliferação celulares. Em seguida, fez-se a avaliação da morfologia celular por meio de microscopia confocal a laser (CSLM). Resultados: O teste MTT demonstrou que as células apresentam índice de viabilidade 2x maior em relação ao intervalo de tempo entre 1 a 3 dias, apresentando uma diferença de viabilidade quando comparadas com o grupo controle. Além disso, a análise por microscopia (teste pelo Kit Live/Dead®) também mostrou que as células permanecem viáveis após 3 dias de cultura e pouquíssimas células mortas foram identificadas. Conclusão: O estudo aventou a possibilidade futura dessas microesferas serem utilizadas em aplicações periodontais e de serem uma alternativa de tratamento de baixo custo que favorece sua utilização na saúde pública.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.