Lesões e padrão das vítimas de acidentes de trânsito com motocicletas atendidas em uma unidade regional de emergência
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2020v22i4a4Palavras-chave:
motocicletas, ferimentos e lesões, acidentes de trânsitoResumo
Objetivos: Caracterizar as vítimas de acidentes com motocicletas atendidas na Unidade Regional de Emergência e descrever suas lesões. Métodos: Estudo observacional e descritivo. Nos períodos de agosto a dezembro de 2019 e junho a agosto de 2020, foram analisados os dados demográficos, o mecanismo do trauma, a localização e a gravidade das lesões e o prognóstico dos pacientes atendidos em uma Unidade Regional de Emergência. Foram aplicados índices de trauma (Escore de Trauma Revisado e Índice de Gravidade da Lesão) para gravidade e prognóstico. Todos os dados foram anotados em fichas padronizadas e avaliados estatisticamente. Resultados: Dos 98 casos analisados, 78% eram do sexo masculino, com idade média de 31 anos. O mecanismo do trauma mais frequente foi motocicleta versus veículo automotor, representando 57,1% dos casos, seguido de queda da motocicleta, com 27,6%. As lesões mais frequentes foram as escoriações (60,4%), seguidas das fraturas (23,1%). Os membros inferiores foram os locais de maior acometimento (40,3%). O Índice de Gravidade da Lesão variou de 0 a 11, com moda de 1, e 97,9% das vítimas apresentaram Escore de Trauma Revisado igual a 7,8, com probabilidade de sobrevida de 98,8%. Conclusão: Houve predomínio de jovens do sexo masculino, com lesões de baixa gravidade. Os locais mais acometidos foram os membros inferiores, em sua maioria com escoriações. Mesmo com baixa gravidade e probabilidade de sobrevida elevada, essas lesões podem provocar longos períodos de incapacidade laboral e provocar custos para o sistema de saúde, demonstrando a necessidade de ações para a prevenção desses eventos.
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