Lesões e padrão das vítimas de acidentes de trânsito com motocicletas atendidas em uma unidade regional de emergência

Autores

  • Mariana Machado Santos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3677-6041
  • Ana Júlia Campi Nunes de Oliveira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3408-1211
  • José Mauro da Silva Rodrigues Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4879-7373

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2020v22i4a4

Palavras-chave:

motocicletas, ferimentos e lesões, acidentes de trânsito

Resumo

Objetivos: Caracterizar as vítimas de acidentes com motocicletas atendidas na Unidade Regional de Emergência e descrever suas lesões. Métodos: Estudo observacional e descritivo. Nos períodos de agosto a dezembro de 2019 e junho a agosto de 2020, foram analisados os dados demográficos, o mecanismo do trauma, a localização e a gravidade das lesões e o prognóstico dos pacientes atendidos em uma Unidade Regional de Emergência. Foram aplicados índices de trauma (Escore de Trauma Revisado e Índice de Gravidade da Lesão) para gravidade e prognóstico. Todos os dados foram anotados em fichas padronizadas e avaliados estatisticamente. Resultados: Dos 98 casos analisados, 78% eram do sexo masculino, com idade média de 31 anos. O mecanismo do trauma mais frequente foi motocicleta versus veículo automotor, representando 57,1% dos casos, seguido de queda da motocicleta, com 27,6%. As lesões mais frequentes foram as escoriações (60,4%), seguidas das fraturas (23,1%). Os membros inferiores foram os locais de maior acometimento (40,3%). O Índice de Gravidade da Lesão variou de 0 a 11, com moda de 1, e 97,9% das vítimas apresentaram Escore de Trauma Revisado igual a 7,8, com probabilidade de sobrevida de 98,8%. Conclusão: Houve predomínio de jovens do sexo masculino, com lesões de baixa gravidade. Os locais mais acometidos foram os membros inferiores, em sua maioria com escoriações. Mesmo com baixa gravidade e probabilidade de sobrevida elevada, essas lesões podem provocar longos períodos de incapacidade laboral e provocar custos para o sistema de saúde, demonstrando a necessidade de ações para a prevenção desses eventos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mariana Machado Santos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil.

Departamento: Cirurgia Área de Conhecimento da Pesquisa: Medicina

Ana Júlia Campi Nunes de Oliveira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil.

Departamento: Cirurgia Área de Conhecimento da Pesquisa: Medicina

José Mauro da Silva Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba – Sorocaba (SP), Brasil.

Departamento: Cirurgia Área de Conhecimento da Pesquisa: Medicina

Referências

Seerig LM, Bacchieri G, Nascimento GG, Barros AJD, Demarco FF. Uso de motocicletas no Brasil: perfil dos usuários, prevalência de uso e ocorrência de acidentes de trânsito - estudo de base populacional. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(12):3703-10. https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.28212015

DENATRAN [Internet]. [acesso em 5 fev. 2019]. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-denatran/frota-deveiculos-2018

URBES Trânsito e Transporte [Internet]. [acessado em 5 fev. 2019]. Disponível em: https://www.urbes.com.br/estatistica-dados

Santos AMR, Moura MEB, Nunes BMVT, Leal CFS, Teles JBM. Perfil das vítimas de trauma por acidente de moto atendidas em um serviço público de emergência. Cad Saúde Pública. 2008;24(8):1927-38. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000800021

DATASUS [Internet]. [acessado em 5 fev. 2019]. Disponível em: https://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/fiuf.def

Cavalcanti AL, Lucena BM, Rodrigues ISA, Silva AL, Lima TT, Xavier AFC. Motorcycle accidents: morbidity and associated factors in a city of Northeast of Brazil. Tanzan J Health Res. 2013;15(4):209-15. https://doi.org/10.4314/thrb.v15i4.1

Mascarenhas MDM, Souto RMCV, Malta DC, Silva MMA, Lima CM, Montenegro M. Características de motociclistas envolvidos em acidentes de transporte atendidos em serviços públicos de urgência e emergência. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(12):3661-71. https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.24332016

Diniz EPH, Assunção AÁ, Lima FPA. Prevenção de acidentes: o reconhecimento das estratégias operatórias dos motociclistas profissionais como base para a negociação de acordo coletivo. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(4):905-16. https://doi.org/10.1590/S1413-81232005000400014

Batista FS, Silveira LO, Castillo JJAQ, Pontes JE, Villalobos LDC, Batista FS, et al. Epidemiological profile of extremity fractures in victims of motorcycle accidents. Acta Ortop Bras. 2015;23(1):43-6. https://doi.org/10.1590/1413-78522015230100998

Oliveira NLB, Sousa RMC. Diagnóstico de lesões e qualidade de vida de motociclistas, vítimas de acidentes de trânsito. Rev Latino-am Enferm. 2003;11(6):749-56. https://doi.org/10.1590/S0104-11692003000600008

Rodrigues NB, Gimenes CM, Lopes CM, Rodrigues JMS. Mortes, lesões e padrão das vítimas em acidentes de trânsito com ciclomotores no município de Sorocaba, São Paulo, Brasil. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2010;12(3):21-5.

Pereira Júnior GA, Scarpelini S, Basile-Filho A, Andrade JI. Índices de trauma. Medicina (Ribeirão Preto). 1999;32(3):237-50.

Bittar CK, Cliquet JAL, Costa VSDA, Pacheco ACF, Ricci RL. Impacto socioeconômico em vítimas de acidente de moto na emergência de um hospital (Parte 2). Acta Ortop Bras. 2020;28(3):149-51. https://doi.org/10.1590/1413-785220202803230036

Vieira RCA, Hora EC, Oliveira DV, Vaez AC. Levantamento epidemiológico dos acidentes motociclísticos atendidos em um Centro de Referência ao Trauma de Sergipe. Rev Esc Enferm USP. 2011;45(6):1359-63.

Soares DFPP, Soares DA. Motociclistas vítimas de acidentes de trânsito em município da região Sul do Brasil. Acta Scientiarum Health Sci. 2003;25(1):87-94. https://doi.org/10.4025/actascihealthsci.v25i1.2303

Fletcher C, Mcdowell D, Thompson C, James K. Predictors of hospitalization and surgical intervention among patients with motorcycle injuries. Trauma Surg Acute Care Open. 2019;4(1):e000326. https://doi.org/10.1136/tsaco-2019-000326.

Oliveira NLB, Sousa RMC. Motociclistas frente às demais vítimas de acidentes de trânsito no município de Maringá. Acta Scientiarum Health Sci. 2004;26(2):303-10. https://doi.org/10.4025/actascihealthsci.v26i2.1581

Sant’Anna FL, Andrade SM, Sant’Anna FHM, Liberatti CLB. Acidentes com motociclistas: comparação entre os anos 1998 e 2010. Rev Saúde Pública. 2013;47(03):607-15. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004375

Ascari RA, Chapieski CM, Silva OM, Frigo J. Perfil epidemiológico de vítimas de acidente de trânsito. Rev Enferm UFSM. 2013;3(1):112-21. https://doi.org/10.5902/217976927711

Downloads

Publicado

2022-06-28

Como Citar

1.
Santos MM, Campi Nunes de Oliveira AJ, da Silva Rodrigues JM. Lesões e padrão das vítimas de acidentes de trânsito com motocicletas atendidas em uma unidade regional de emergência. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28º de junho de 2022 [citado 19º de novembro de 2024];22(4):151-5. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/52392

Edição

Seção

Artigo Original