Influência da administração tardia do surfactante exógeno na evolução clínica de recém-nascidos muito pré-termo.

Autores

  • Patricia Queiroz Furtado de Mendonça Universidade Federal Fluminense. Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil – Niterói (RJ), Brasil.
  • Alan Araújo Vieira Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina – Niterói (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5523-191X
  • Arnaldo Costa Bueno Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina – Niterói (RJ), Brasil.
  • José Maria Andrade Lopes Instituto Fernandes Figueira (FIOCRUZ) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2021v23i2a2

Palavras-chave:

Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido, Tensoativos, Recém-Nascido Prematuro, Recém-Nascido de muito Baixo Peso

Resumo

Objetivo: Avaliar se o momento da administração do surfactante influencia na evolução clínica de recém nascidos muito pré-termos. Métodos: Estudo observacional com dados coletados prospectivamente de recém nascidos muito pré-termos e suas mães, divididos em dois grupos: grupo 1 = 28 a 29 semanas e 6 dias, grupo 2 = 30 a 31 semanas e 6 dias. Cada grupo foi dividido em administração precoce de surfactante (até duas horas de vida) e administração tardia de surfactante (mais de duas horas de vida) e então, comparados quanto às características perinatais, a presença de morbidades e mortalidade. As variáveis ​​contínuas foram comparadas pelo teste t de Student ou teste não paramétrico; as variáveis ​​categóricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado. A regressão logística foi utilizada para avaliar a associação entre as variáveis ​​significantes. Foi utilizado o pacote estatístico SPSS 16.0 e um valor de p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Seiscentos prematuros foram avaliados no grupo 1 e 503 no grupo 2. A administração precoce de surfactante no grupo 1 foi mais frequente em prematuros de menor peso e idade gestacional ao nascimento e foi associada a hemorragia peri e intraventricular grave; nos dois grupos, a necessidade de intubação orotraqueal na sala de parto aumentou a chance de administração precoce de surfactante exógeno. A morbidade e a mortalidade não foram diferentes entre os grupos. Conclusões: O momento da administração do surfactante não influenciou a evolução clínica e a mortalidade neonatal em recém nascidos muito pré-termos.

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Biografia do Autor

Patricia Queiroz Furtado de Mendonça, Universidade Federal Fluminense. Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil – Niterói (RJ), Brasil.

Especialista em Pneumologia Pediátrica e aluna do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da UFF.

http://lattes.cnpq.br/0697319505141102

 

Alan Araújo Vieira, Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina – Niterói (RJ), Brasil.

Professor Associado do Departamento Materno Infantil da Faculdade de Medicina da UFF

http://lattes.cnpq.br/9230494942501442

Arnaldo Costa Bueno, Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Medicina – Niterói (RJ), Brasil.

Professor Associado do Departamento Materno Infantil da Faculdade de Medicina da UFF. 

http://lattes.cnpq.br/5757189767887416

José Maria Andrade Lopes, Instituto Fernandes Figueira (FIOCRUZ) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Professor da Pós-Graduação Em Pesquisa Aplicada do IFF-FIOCRUZ

http://lattes.cnpq.br/2076852163090612

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Publicado

2023-01-24

Como Citar

1.
Mendonça PQF de, Vieira AA, Bueno AC, Lopes JMA. Influência da administração tardia do surfactante exógeno na evolução clínica de recém-nascidos muito pré-termo. . Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 24º de janeiro de 2023 [citado 19º de abril de 2024];23(2):34-41. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/58502

Edição

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