Prevalência de ansiedade e depressão em turma de estudantes de medicina com ensino remoto
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2021v23i3/4a6Palavras-chave:
estudantes de medicina, ansiedade, depressão, educação a distância, COVID-19Resumo
Objetivo: identificar a prevalência de ansiedade e depressão em estudantes de medicina com ensino na modalidade remota e possíveis fatores associados. Métodos: estudo observacional com delineamento transversal em alunos do primeiro período do curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí\CSHNB no ano de 2021, que funcionou inteiramente de forma remota em decorrência do período da pandemia de COVID-19. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário anônimo on-line, após aprovação do CEP\UFPI. Resultados: foram avaliados 20 estudantes de medicina do segundo período do curso com média de idade de 21 anos (±3,1; DP). A prevalência de ansiedade foi de 65%, enquanto de depressão 30%. Entre os indivíduos com ansiedade prevaleceram os homens, de cor parda, de outros estados, que moravam com familiares/cônjuges, com parceiro fixo, com afinidade por alguma religião, que faziam uso de álcool ou drogas ilícitas e não usavam medicamento para a ansiedade, porém com significância estatística (p<0,05) apenas o sexo biológico e ter parceiro fixo. Entre os estudantes com suspeita de depressão prevaleceram os do sexo masculino, de cor parda, de outros estados, morando com familiares, com afinidade religiosa, que não usavam medicamentos para depressão e usavam álcool ou drogas ilícitas, nenhuma diferença significante. Considerações Finais: foi evidenciado uma alta prevalência de sinais de ansiedade e depressão em alunos de turma remota de medicina. A principal limitação do estudo foi o número reduzido de participantes.
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