Homo digitalis
realidade virtual na saúde e educação
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2021v23i3/4a8Palavras-chave:
empatia, tecnologia educacional, realidade virtualResumo
Homo digitalis se refere ao homem modificado pela tecnologia. A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada permitem ver o mundo sob a perspectiva de outras pessoas, sendo chamadas de “a máquina de empatia”. Objetivo: analisar como a RV pode ser usada na psiquiatria e na educação médica para promover empatia. Método: realizou-se uma revisão narrativa nas plataformas Medline e Embase, Google Scholar, listas de referências de artigos e em sítios eletrônicos de tecnologia. Artigos em inglês e francês foram selecionados, sem limites temporais para a busca. Resultados: uma revisão de 66 referências demonstrou que a RV pode gerar mudanças cognitivas, emocionais e comportamentais positivas, especialmente em relação a indivíduos de grupos diferentes. As narrativas imersivas com RV facilitam a compreensão empática, colocando o usuário na perspectiva de outra pessoa. A RV também está associada a jogos aplicados e estudos funcionais de atividade cerebral, que indicam potencial para gerar mudanças comportamentais positivas. Estudos maiores e ensaios clínicos são necessários para validar a efetividade dos desfechos e garantir o uso seguro e ético da tecnologia. Conclusão: a revisão demonstrou resultados promissores e um olhar otimista da RV como ferramenta para gerar empatia e promover o bem-estar mental.
Downloads
Metrics
Referências
The Transhumanist Declaration. Transhumanist Values - Nick Bostrom [Internet]. 2002 [acesso em 10 maio 2023]. Disponível em: https://uutampa.org/uuhumanist/shaagdata/history/08xxxx_transhumanist.pdf
Gillings MR, Hilbert M, Kemp DJ. Information in the biosphere: biological and digital worlds. Trends Ecol Evol. 2016;31(3):180–9. doi: 10.1016/j.tree.2015.12.013
Clark A. Supersizing the mind: embodiment, action and cognitive extension. Oxford University Press; 2010.
Belk R. Extended self and the digital world. Curr Opin Psychol. 2016;10:50–4. doi: 10.1016/j.copsyc.2015.11.003
Schultze U. Embodiment and presence in virtual worlds: a review. J Inf Technol. 2010;25(4):434–49. doi: 10.1057/jit.2009.25
Zuromski D, Fedyniuk A, Marek EM. Can new technologies make us more human? An inquiry on VR technologies in social cognition. Front Psychol. 2018;9:705. doi: 10.3389/fpsyg.2018.00705
Seligman M. Authentic happiness: using the new positive psychology to realize your potential for lasting fulfillment. Amsterdam: Atria; 2004.
Singer T, Lamm C. The social neuroscience of empathy. Ann N Y Acad Sci. 2009;1156(1):81–96. doi: 10.1111/j.1749-6632.2009.04418.x.
Batson CD, Sager K, Garst E, Kang M, Rubchinsky K, Dawson K. Is empathy-induced helping due to self-other merging? J Pers Soc Psychol. 1997;73(3):495–509. doi: 10.1037/0022-3514.73.3.495a
Batson CD. Self-other merging and the empathy-altruism hypothesis: reply to Neuberg et al. J Pers Soc Psychol. 1997;73(3):517–22. doi: 10.1037/0022-3514.73.3.517.
Thompson E. Empathy and consciousness. J Conscious Stud. 2001;8(5-7):1–32.
Bertrand P, Guegan J, Robieux L, McCall CA, Zenasni F. Learning empathy through virtual reality: multiple strategies for training empathy-related abilities using body ownership illusions in embodied virtual reality. Front Robot AI. 2018;5:26. doi: 10.3389/frobt.2018.00026..
de Vignemont F, Singer T. The empathic brain: how, when and why? Trends Cogn Sci. 2006;10(10):435–41. doi: 10.1016/j.tics.2006.08.008.
Brooks FP. What’s real about virtual reality? IEEE Comput Graph Appl. 1999;19(6):16–27. doi: 10.1109/38.799723
Gregg L, Tarrier N. Virtual reality in mental health. A review of the literature. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2007;42(5):343–54. doi: 10.1007/s00127-007-0173-4.
Diemer J, Pauli P, Mühlberger A. Virtual reality in psychotherapy. In: Wright JD, editor. International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences. 2nd ed. Oxford: Elsevier; 2015.p. 138–46.
Riva G, Gaggioli A, Wiederhold BK. Being different: the transformative potential of virtual reality. Front Psychiatr. 2016;7:Article 164. doi: 10.3389/fpsyt.2016.00164.
Gerry LJ. Virtual reality as a tool to facilitate empathy: embodied simulations and perspective taking in the body of another empathy, embodiment, and self-other perceptions in first-person point-of-view virtual environments. 2017 [acesso em 10 fev. 2023; retirado em 31 mar. 2023]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/319900413
Maister L, Slater M, Sanchez-Vives MV, Tsakiris M. Changing bodies changes minds: owning another body affects social cognition. Trends Cogn Sci. 2015;19(1):6–12. doi: 10.1016/j.tics.2014.11.001
de Borst AW, de Gelder B. Is it the real deal? Perception of virtual characters versus humans: an affective cognitive neuroscience perspective. Front Psychol. 2015;6:576. doi: 10.3389/fpsyg.2015.00576
Sundar SS, Kang J, Oprean D. Being there in the midst of the story: how immersive journalism affects our perceptions and cognitions. Cyberpsychol Behav Soc Netw. 2017;20(11):672–82. doi: 10.1089/cyber.2017.0271.
Shin D. Empathy and embodied experience in virtual environment: to what extent can virtual reality stimulate empathy and embodied experience? Comput Human Behav. 2018;78:64–73. doi: 10.1016/j.chb.2017.09.012
Schutte NS, Stilinović EJ. Facilitating empathy through virtual reality. Motiv Emot. 2017;41(6):708–12. doi: 10.1007/s11031-017-9641-7
Iacovides I, Cox AL. Moving beyond fun: evaluating serious experience in digital game. In: CHI '15: Proceedings of the 33rd Annual ACM Conference on Human Factors in Computing Systems. Seoul Republic of Korea. April 18-23, 2015. New York: Association for Computing Machinery; 2015. p. 2245-54. doi: 10.1145/2702123.2702204
Kors MJL, Ferri G, Van Der Spek ED, Ketel C, Schouten BAM. A breathtaking journey. On the design of an empathy-arousing mixed-reality game. In: CHI PLAY '16: The annual symposium on Computer-Human Interaction in Play. October 16-19, 2016. New York: Association for Computing Machinery; 2016. p. 91–104. doi: 10.1145/2967934.2968110
Tordo F, Binkley C. L’auto-empathie, ou le devenir de l’autrui-en-soi: définition et clinique du virtuel. Évol Psychiatr. 2016;81(2):293–308. doi: 10.1016/j.evopsy.2014.02.002
Milk C. How virtual reality can create the ultimate empathy machine. TED2015 [Internet]. 2015 [acesso em 10 fev. 2023]. Disponível em: https://www.ted.com/talks/chris_milk_how_virtual_reality_can_create_the_ultimate_empathy_machine/transcript?language=en
Kalyanaraman S, Penn DL, Ivory JD, Judge A. The virtual doppelganger: effects of a virtual reality simulator on perceptions of schizophrenia. J Nerv Mental Dis. 2010;198(6):437–43. doi: 10.1097/NMD.0b013e3181e07d66.
Glantz K, Durlach NI, Barnett RC, Aviles WA. Virtual reality (VR) for psychotherapy: from the physical to the social environment. Psychotherapy. 1996;33(3):464–73. doi: 10.1037/0033-3204.33.3.464
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.