Preditores de retorno ao trabalho em trabalhadores afastados por distúrbios musculoesqueléticos
uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2023v25a1Palavras-chave:
Doenças Musculoesqueléticas, Retorno ao Trabalho, PrognósticoResumo
O Retorno ao Trabalho (RT) é frequentemente motivo de litígios trabalhistas e previdenciários, sobretudo devido à dificuldade de caracterização da incapacidade laboral. Tendo em vista que os Distúrbios Musculoesqueléticos (DME) são a maior causa de incapacidade no Brasil e no mundo, o conhecimento a respeito dos preditores de RT permite antecipar situações de conflito e desenvolver estratégias mais eficientes para reintegrar os trabalhadores afastados por esses distúrbios. Assim, o presente estudo tem como objetivo identificar os preditores de RT em trabalhadores afastados por DME com base em publicações científicas recentes. Para isso, foi realizada uma revisão de artigos publicados na MEDLINE entre 2017 e 2022, seguindo a estratégia PICO e o fluxograma PRISMA. Nove artigos originais foram incluídos e os preditores foram categorizados em 4 domínios: Sociodemográficos, Clínicos, Psicossociais e Ocupacionais. Os resultados obtidos revelaram que o processo de RT é influenciado por múltiplos fatores individuais e sociais, de modo que programas multidisciplinares de reabilitação têm maior potencial de favorecer o retorno que abordagens isoladas. Considerando que o posto e organização do trabalho também são determinantes de saúde musculoesquelética, intervenções no ambiente laboral são fundamentais, não só para aumentar as chances de retorno, mas também para evitar novos afastamentos.
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