Melanoma cutâneo em capital da Amazônia
perfil de casos atendidos em ambulatório universitário de dermatologia
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-1840.2024v26a30Palavras-chave:
Melanoma, Neoplasias Cutâneas, Perfil de Saúde, Ambulatório Hospitalar, Ecossistema AmazônicoResumo
Introdução: o melanoma é um tipo de câncer derivado de células melanocíticas, o mais agressivo e letal entre os cânceres de pele. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com melanoma no Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará. Métodos: foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico retrospectivo, baseado em informações de prontuários e laudos histopatológicos de pacientes com diagnóstico confirmado por biópsia entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019. Resultados: foram estudadas 33 lesões de 32 pacientes. A peculiaridade da Região Norte foi observada no maior comprometimento dos fototipos III, IV e V. Extensivo superficial foi o tipo clínico mais frequente, assim como a região dos membros inferiores, diâmetro da lesão maior que 1 cm, estágio V de Breslow e fase de crescimento vertical foram os achados mais prevalentes. Discussão: um escore de Breslow mais alto foi positivamente correlacionado com idade avançada, subtipo de melanoma nodular e fase de crescimento vertical. O maior fototipo de pele esteve relacionado ao maior diâmetro e localização da lesão no membro inferior. O tipo clínico da lesão teve correlações positivas com faixa etária, local da lesão e fase de crescimento. Conclusão: notavelmente, o número de estudos publicados sobre a doença na região é pouco expressivo, provavelmente devido à menor frequência de casos de melanoma na Região Norte, o que demonstra a necessidade de mais estudos sobre o tema nessa região.
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