Histerectomia puerperal em um hospital maternidade de alto risco na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-1840.2024v26a26Palavras-chave:
Histerectomia, Hemorragia pós-parto, Infecção puerperalResumo
Objetivo: descrever o perfil clínico e epidemiológico das pacientes submetidas à histerectomia puerperal (HP) na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), hospital de referência da Região Norte no atendimento materno-infantil de alta complexidade. Materiais e Métodos: foi realizado estudo observacional, retrospectivo e descritivo nos prontuários eletrônicos de pacientes submetidas à HP na FSCMP, no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2022. Resultados: foram realizadas 94 HPs em três anos, com taxa de 3,97 HPs a cada 1.000 partos. A média de idade das pacientes foi de 30 anos. A escolaridade mais comum foi o ensino médio completo (49%), e a maioria das pacientes em estado civil de solteira (51%). Cerca de 40% delas tiveram quatro ou mais gestações, e 36% tiveram três ou mais partos anteriores. A via de parto mais frequente foi a cesariana (91%). Os principais motivos para a HP foram atonia uterina refratária e sepse de foco pélvico. Quanto à técnica operatória, a histerectomia total abdominal foi maioria (56%). Em 60% houve necessidade de transfusão de hemocomponentes e 73% dos casos exigiu assistência em UTI. A média de mortalidade foi de 3,1 óbitos para cada 100 HPs. Conclusão: a incidência de HP na FSCMP foi elevada. A maioria das pacientes eram multíparas, com um ou mais partos cesáreos anteriores, e a via de parto da gestação atual foi cesariana. Grande parte necessitou de assistência em UTI e transfusão de hemocomponentes. A mortalidade por HP na instituição da pesquisa foi menor que o ...
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