O SUJEITO QUER UM NOME: O ESPECTRO BIPOLAR E O DISCURSO CAPITALISTA
DOI:
https://doi.org/10.5546/peste.v7i1.30465Resumen
Resumo: Este artigo apresenta discussões preliminares em torno doaparelhamento de gozo no discurso capitalista, tomando como referência
o fenômeno do espectro bipolar. Este, por conseguinte, reflete um
movimento que, representado pela psiquiatria moderna, vem propondo
um novo paradigma na compreensão do transtorno de humor bipolar.
Trata-se de um modelo pautado na abordagem dimensional, a qual
concebe os transtornos mentais, em especial o transtorno bipolar, de
modo mais amplo, ou seja, ao longo de um continuum. Demonstramos
que essa abordagem traz consequências no que diz respeito ao estatuto
do sujeito, na medida em que agora poucos escapam à norma, podendo
ser enquadrado como portador de um transtorno bipolar. Discute-se, a
partir do discurso capitalista, que a ciência, cada vez mais, em sua aliança
com o capital, ao agenciar a produção de um “sujeito bipolar”, mascara a
cisão entre a pulsão e o saber em voga no referido discurso.
Palavras-chave: espectro bipolar; discurso capitalista; sujeito; saber.
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