TRANSFORMAÇÃO SOCIAL SINGULAR? O PSICANALISTA E SEUS (DES)CAMINHOS NA SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.5546/peste.v7i2.30479Resumen
Resumo: Este artigo examina a possibilidade de o psicanalistaparticipar do Projeto Terapêutico Singular (PTS) – ferramenta da saúde
pública brasileira – sem perder a essência de sua forma de dar voz ao
sujeito, fazendo interlocução e mantendo diálogo com profissionais de
outros campos, de modo a contribuir eticamente com o processo de
transformação social que se mostra importante no âmbito da saúde no
Brasil. Para tanto, recorremos a uma breve síntese histórica do processo
que possibilitou a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) e suas
diretrizes atuais, conceitualizamos o PTS e discutimos a inserção e
trabalho do psicanalista nas equipes de saúde por meio dessa ferramenta.
Nossa hipótese é que o PTS pode oferecer uma oportunidade para
a participação ativa do psicanalista junto aos demais profissionais da
saúde, visto estar baseada em no mínimo dois princípios: singularidade
e projetualidade. Princípios estes passíveis de ser lidos pelo psicanalista
sem tanta estranheza, já que é plausível fazer diversas aproximaçõesconceituais, posto que a Psicanálise pode trazer sua contribuição relativa à concepção fundamental do sujeito. Assim, entendemos que o processo de transformação social, quando atravessado pelo discurso do psicanalista, torna-se uma possibilidade, pois se dá na semeadura do caso a caso, na resistência ao empuxo do capital e na transmissão do inconsciente, ou seja, na singularidade de cada um.
Palavras-chave: saúde pública; psicanálise; projeto terapêutico singular;
singularidade; transformação social.
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