Saúde mental e psicanálise: bem-estar biopsicossocial?

Autores

  • Milton Nuevo Campos Neto

DOI:

https://doi.org/10.5546/peste.v5i2.27931

Resumo

Resumo: Este estudo procura por operadores conceituais que
contribuam com o direcionamento da atuação dos analistas no campo
da saúde mental. Para tanto, realiza um percurso que procura pela
subversão do conceito de saúde tal como proposto pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), à medida que procura sustentar a ética e a
política da psicanálise como pontos de tensão em relação ao que vem
sendo operado no campo. No concernente à ética, procura estabelecer as
particularidades da ética do desejo tal como pensada a partir de Lacan
e suas incidências na prática clínica, de modo a sustentar o discurso
inaugurado por Freud como uma via que pensa o tratamento por meio
de uma valorização do desejo como categoria central. Em relação à
política, procura retomar a direção do tratamento como aquilo que
permite a um sujeito conhecer seu sintoma, ao invés de anulá-lo, e que
aposta nessa via como aquela que permite a criação de um saber fazer
com aquilo que se é. Assim, conclui-se que a psicanálise não deve /gurar
como uma via de oposição aos ideais libertários da luta antimanicomial
e da Reforma Psiquiátrica no Brasil, mas como um saber que deve ser
considerado na Rede de Atenção Psicossocial.
Palavras-chave: saúde mental; reforma psiquiátrica; política do
sintoma; ética do desejo.

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Como Citar

Campos Neto, M. N. (2016). Saúde mental e psicanálise: bem-estar biopsicossocial?. A PESTE: Revista De Psicanálise E Sociedade E Filosofia., 5(2). https://doi.org/10.5546/peste.v5i2.27931

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