HUMANIZAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: O QUE A PSICANÁLISE TEM A DIZER SOBRE ISSO

Autores

  • Raul Albino Pacheco Filho

DOI:

https://doi.org/10.5546/peste.v7i1.30466

Resumo

Resumo: O Sistema Único de Saúde (SUS) inscreveu na letra da
Constituição Federal de 1988 as conquistas do Movimento pela
Reforma Sanitária da década de 1970. Politizou de modo exitoso as
discussões sobre saúde pública, com seus princípios de universalidade,
equidade e integralidade, convocando a contribuição igualitária de
campos diversos de saber e áreas profissionais distintas, além da
participação dos usuários e da comunidade, na gestão do próprio
sistema. Um eixo central norteador de sua atuação é a “Política Nacional
de Humanização da atenção e da gestão na saúde” (PNH), que propõe
uma nova ordenação das relações no âmbito das práticas e cuidados em
saúde, pautada no diálogo, participação e reconhecimento da alteridade
e singularidade dos pacientes. O que a psicanálise tem a dizer a esse
respeito, considerando-se a oposição freudiana aos valores humanistas,
como norte da atuação do psicanalista, e, mais tarde, a crítica de Lacan
ao humanismo filosófico e seu protesto contra os tropeços humanistas
que desviaram a psicanálise da via original inaugurada por Freud? O
anti-humanismo freudiano e lacaniano poderia (deveria) ser estendido
às proposições da política de humanização do SUS? A análise dessas
questões é o objetivo central deste artigo.
Palavras-chave: psicanálise; Sistema Único de Saúde; saúde pública;
humanismo; humanização; anti-humanismo; Lacan.

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Publicado

2016-11-21

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Artigos