Patchwork II, a edição de número 46 da Aurora foi publicada.

Publicada a nova edição da Aurora. Revista de Arte, Mídia e Política, a de número 46, apresentando artigos relevantes sobre arte, arquitetura contemporânea, democracia digital, representatividade e educação, temas atuais e relacionados à realidade brasileira. A seleção de artigos abrange objetos diversos que se conectam por meio das temáticas abordadas, criando um conjunto heterogêneo e interessante, sendo inspirada pela ideia das costuras não-uniformes de um patchwork.

Abrindo a seção de artigos, "Progresso e barbárie: um ensaio sobre formas arquitetônicas contemporâneas", de Frederico Daia Firmiano, e André Terra de Oliveira Loureiro, da UEMG/Passos, busca identificar as tendências estruturantes da produção arquitetônica no capitalismo do século XXI, sobretudo no que diz respeito às relações entre espaço construído e usuário e às novas formas de habitar e trabalhar na cidade contemporânea, tendo como referência a teoria crítica da Escola de Frankfurt e a teoria da crise estrutural do capital, de István Mészáros.

Sérgio Ilias, da PUC-SP, em "Redes sociais e representação política", analisa como o acesso aos desejos e comportamentos dos usuários de redes sociais gera disputas entre a defesa dos direitos fundamentais e as regalias de uma casta institucionalizada, refletindo uma crise na representatividade.

Em "Pedagogias de memes pró-vacinas no contexto da Pandemia de Covid-19", os autores Kaio Eduardo de Jesus Oliveira, da SEDUC-SE, Edvaldo Souza Couto, da UFBA, e Cristiane de Magalhães Porto, da UNIT, investigam as narrativas, discursos, sentidos e significados presentes nos memes das campanhas pró-vacinas de Covid-19, a fim de identificar pedagógicas válidas às estratégias de divulgação científica na internet.

O artigo "A educação popular como contraponto das políticas neoliberais para educação" de Ricardo Santos de Almeida, da UFSM, Emerson Rodrigues Bezerra e Franciele dos Santos Fausto, da UFA, faz uma revisão de pensamentos que influenciaram contextos educacionais históricos, enfocando os desafios e perspectivas da Educação Popular e apontando como a perspectiva neoliberal compromete a educação de qualidade, bem como práticas educativas que defendem pautas sociais.

Fechando a seção, o artigo-ensaio "Corpo: Exercícios poéticos de si", de Dhemersson Warly Santos Costa, da UFPA, versa sobre uma arte de clínica poética que, por meio da escrita, do desenho e da colagem, possibilitam a criação e invenção de si mesmo.

Por fim, Guilherme Howes e João Gabriel Dornelles Howes, apresentam a resenha do livro “Infocracia – Digitalização e a crise da democracia”, publicado no Brasil pela Editora Vozes em 2022, destacando a democracia digital e a ditadura dos dados.

Boa leitura!