O humor de Tiririca na campanha eleitoral 2014: como e por quê?

Autores

  • Alvaro Magalhães Pereira da Silva Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Palavras-chave:

discurso político, discurso jocoso, eleições, marketing político, Tiririca

Resumo

Como foi construído o humor de Tiririca durante a campanha eleitoral de 2014? Por que, com esse discurso bem-humorado, o candidato obteve uma votação expressiva? São essas as questões-chave abordadas neste artigo. Foram analisadas 20 inserções do candidato em programa eleitoral gratuito e redes sociais. Com base em conceitos propostos por Propp, Raskin, Ramos, Bakhtin e Maingueneau, seis estratégias de humor, cujo alvo preferencial é a classe política, foram identificadas: paródia, jogo de palavras, ridicularização de profissão, uso de temática popular, gatilho e cenografia ficcional. Verificou-se que, dentro de um quadro-geral de democracia do público, o sistema proporcional de lista aberta possibilitou que o candidato recebesse do partido o tempo necessário para desenvolver suas estratégias discursivas. E concluiu-se que a crise de representação amplificou a eficácia de um humor que evidencia a insociabilidade de práticas comuns à classe política e reforça a posição de Tiririca como voto de protesto.

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Biografia do Autor

Alvaro Magalhães Pereira da Silva, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Língua Portuguesa da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com financiamento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Bacharel em Ciência da Comunicação, com ênfase em Jornalismo, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). E-mail: alvaromps@yahoo.com

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Publicado

2016-01-05

Edição

Seção

Artigos