O oco. ritmo, timbre e círculo
Palavras-chave:
Didgeridoo. Caos. Ritmo. Timbre. IntensidadeResumo
O artigo a seguir discute algumas implicações estéticas de um instrumento musical de sopro proveniente das regiões norte e central da Austrália, confrontando suas propriedades rítmicas e timbrísticas com problematizações e conceitos lançados por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Conhecido no Ocidente pela prosopopéia didgeridoo, o instrumento consiste em um longo tronco de madeira corroído em seu interior pela ação de cupins. Este texto discute a abertura de possibilidades gerada pela relação entre o instrumento e o tocador, lançando mão das noções de intensidade, deriva e desterritorialização, propostas por Deleuze e Guattari, bem como à possível conexão entre o dentro e o fora ocasionada pela prática do didgeridoo em suas diferentes dimensões de escuta e toque.