A linguagem política dos espaços museais

Autores

  • Wilmihara Benevides da Silva Alves dos Santos PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/2019.v34.dossie3

Palavras-chave:

Museu da Língua Portuguesa, Linguagem museológica, Museu experiência, Nova museologia, Museu e política cultural

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir a inserção do Museu da Língua
Portuguesa como produção de uma nova linguagem museológica: o museu
experiência. A partir de uma breve contextualização sobre a caracterização dos
museus a partir da exposição de coleções privadas, problematizamos a forma como
o Museu da Língua Portuguesa mobilizou ser visto sem uma coleção. A proposta
e definição deste museu relacionam-se a importância de circulação dos enunciados
sobre a diversidade da cultura brasileira e seus efeitos nas políticas de patrimônio
imaterial. Desde a reorganização democrática do país, as disputas de memórias
distintas tornaram-se cada vez mais evidentes, posições que foram silenciadas na
construção da memória nacional ganharam visibilidade, em especial, ao se fazerem
presentes no contexto da produção de uma Nova Museologia. A disputa de
narrativas acontece todo o tempo, então se faz necessário refletir sobre estas posições
flutuantes e que também aparecem na produção dos chamados “novos museus”.
De acordo com informações divulgadas pelos meios de comunicação de massa, em
2020 ocorrerá a reinauguração do MLP. Ao mesmo tempo, a imaterialidade da
língua, que se materializa em corpos, imagens, palavras e pensamentos, continua
a desenhar arranjos de sua manifestação no cotidiano de diferentes pessoas. Nestas
possibilidades de devir, trago para este artigo uma reflexão sobre as posições
políticas na qual se insere a produção desta nova museologia.

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Biografia do Autor

Wilmihara Benevides da Silva Alves dos Santos, PUC-SP

Doutora em ciências Sociais pela PUCSP

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Publicado

2019-08-27